Em entrevista ao programa Arena Oeste, nesta quinta-feira (23/10), a jurista Eliana Calmon, ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), fez duras críticas à condução das investigações e processos relacionados aos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Segundo ela, há uma “narrativa orquestrada” para retirar Jair Bolsonaro do cenário político antes das eleições presidenciais de 2026.
Calmon ressaltou que os eventos do 8 de janeiro, embora graves, não configurariam um “golpe de Estado clássico” e estariam sendo utilizados para desgastar a imagem do ex-presidente.
“Estão tentando criar um enredo político que extrapola os fatos e envolve até pessoas sem qualquer poder de articulação para um golpe”, afirmou a jurista.
Calmon ressaltou que os eventos do 8 de janeiro, embora graves, não configurariam um “golpe de Estado clássico” e estariam sendo utilizados para desgastar a imagem do ex-presidente.
“Estão tentando criar um enredo político que extrapola os fatos e envolve até pessoas sem qualquer poder de articulação para um golpe”, afirmou a jurista.
Críticas à narrativa sobre o 8 de janeiro
De acordo com Eliana Calmon, a acusação de tentativa de golpe carece de coerência, sobretudo por incluir idosos, ambulantes e manifestantes comuns como “golpistas”. Ela questionou a ausência de envolvimento direto das Forças Armadas, fator que, segundo a jurista, seria indispensável em uma tentativa real de ruptura democrática.
Além disso, Calmon aponta que a forma como a narrativa vem sendo construída no meio jurídico reflete um direcionamento político:
“A imagem de golpe está sendo empurrada à opinião pública de maneira desproporcional, para justificar medidas extremas contra Bolsonaro.”
Crítica ao STF e à concentração de poder
A ex-ministra também aproveitou a entrevista para criticar a postura do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que a Corte atua de forma isolada e sem espaço para autocrítica. Para Calmon, a concentração de poder nas mãos de 11 ministros representa um risco ao equilíbrio democrático.
Ela defendeu uma mudança estrutural que transforme o STF em um tribunal exclusivamente constitucional, limitando sua atuação a questões estritamente legais e não políticas.
“Medo do Judiciário” preocupa jurista
Outro ponto sensível abordado foi o que Calmon chamou de “medo generalizado” da advocacia em relação ao STF. Ela comparou o atual clima jurídico com períodos autoritários do passado, ressaltando que muitos advogados evitam se posicionar publicamente por receio de retaliações judiciais.
“O medo que hoje paira no meio jurídico não se via nem na ditadura. Isso enfraquece a advocacia e ameaça o direito de defesa”, destacou.
Impacto político
As declarações da ex-ministra repercutem fortemente no cenário político, especialmente às vésperas das definições eleitorais para 2026. Para apoiadores de Bolsonaro, as falas reforçam a ideia de perseguição política. Para críticos, indicam uma tentativa de deslegitimar as investigações sobre os atos de 8 de janeiro.
As declarações da ex-ministra repercutem fortemente no cenário político, especialmente às vésperas das definições eleitorais para 2026. Para apoiadores de Bolsonaro, as falas reforçam a ideia de perseguição política. Para críticos, indicam uma tentativa de deslegitimar as investigações sobre os atos de 8 de janeiro.
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