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FBI entra no caso Filipe Martins e pode desmontar decisão de Moraes


Um novo e explosivo capítulo pode mudar completamente o rumo do processo que envolve Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro. O FBI (polícia federal americana) abriu uma investigação sobre um suposto documento fraudado que serviu de base para o mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a defesa de Martins, liderada pelo advogado Ricardo Fernandes, há fortes indícios de manipulação de registros migratórios apresentados no inquérito. O caso ganhou peso depois que o governo dos Estados Unidos confirmou oficialmente que Martins nunca entrou no país na data apontada pela acusação.
“Essa nota apresentada pelo governo americano muda substancialmente o cenário do nosso cliente — e talvez de todos os outros envolvidos no processo”, afirmou Fernandes.

Documento e provas questionadas
De acordo com o advogado, a prisão preventiva de Filipe Martins foi fundamentada em um arquivo digital encontrado no computador do delator Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
O problema: o arquivo era um .docx editável, sem qualquer certificação de autenticidade. A defesa afirma que a PF ignorou dados que comprovavam que Martins nunca deixou o Brasil, incluindo geolocalização de celular e registros de Uber em tempo real.
“Desde outubro de 2023, a PF sabia que Filipe Martins jamais deixou o país. Mesmo assim, pediram a prisão com base apenas em uma lista”, denunciou Fernandes.

Confirmação americana expõe falha grave
Para comprovar a inconsistência, a defesa buscou diretamente informações no CBP (Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA), em Orlando. O órgão confirmou:
  • Não há registro de entrada de Filipe Martins nos EUA na data mencionada;
  • A última entrada oficial ocorreu em setembro de 2022, em Nova York.
Essa confirmação oficial levou o FBI a abrir investigação paralela para apurar como o documento falsificado foi criado e usado no processo.

Impacto político e jurídico explosivo
Caso a fraude seja comprovada, os efeitos podem abalar a legalidade da prisão preventiva e colocar sob escrutínio a conduta de autoridades brasileiras, inclusive o próprio ministro Alexandre de Moraes.
Para juristas, trata-se de um dos episódios mais delicados da Operação contra aliados de Bolsonaro desde 8 de janeiro.
“A prisão foi precipitada e baseada em elementos frágeis. Agora, com a investigação americana, o cenário muda completamente”, avaliou a defesa.
A investigação conjunta entre EUA e Brasil poderá redefinir os rumos do caso e abrir um contencioso internacional sem precedentes.

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