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Líder da Blackwater desafia Papa e propõe usar dinheiro do Vaticano para criar ‘exército cristão’ contra terror islâmico na Nigéria

Uma declaração polêmica feita pelo fundador da Blackwater, Erik Prince, gerou forte repercussão internacional. O ex-integrante das forças especiais norte-americanas sugeriu que o Papa financie, com recursos do Banco do Vaticano, operações militares privadas para proteger comunidades cristãs da Nigéria, que sofrem com massacres sistemáticos promovidos por grupos extremistas islâmicos.
A proposta foi feita publicamente na plataforma X (antigo Twitter), onde Prince escreveu:
“Sua Santidade, eu tenho uma ideia melhor. Por que o senhor não patrocina meus colegas, assim poderíamos proteger os cristãos nigerianos dos muçulmanos que os estão massacrando?”

Um genocídio silencioso
A Nigéria é hoje o país mais letal do mundo para cristãos. Segundo relatório de 2025 da organização Open Doors International, 69% dos assassinatos de cristãos no mundo ocorrem no país africano. O documento denuncia execuções em massa, sequestros, estupros, destruição de igrejas e expulsão forçada de famílias inteiras.
Essas ações são atribuídas a grupos terroristas como o Boko Haram, Estado Islâmico e Estado Islâmico da África Ocidental, que atuam principalmente no centro e norte do país.
Milhões de pessoas foram obrigadas a abandonar seus lares e buscar abrigo em condições precárias nas grandes cidades, sobrecarregando os serviços públicos locais.

Quem é Erik Prince?
Prince é ex-integrante dos Navy SEALs, a unidade de elite mais temida das Forças Armadas dos EUA. Em 1997, fundou a Blackwater, empresa militar privada que ganhou notoriedade nas guerras do Iraque e Afeganistão. Posteriormente, a companhia passou a se chamar Academi.
Sua equipe tem histórico de atuar em zonas de conflito e, segundo reportagens internacionais, parte de seus contratados já realiza missões de reconhecimento e infiltração na Venezuela.
A sugestão ao Vaticano busca, segundo ele, “resposta prática” ao genocídio de cristãos, que vem crescendo sem uma reação internacional efetiva.

Nigéria: epicentro da intolerância religiosa
O cenário de violência contra cristãos na Nigéria é amplamente denunciado por ONGs humanitárias, mas a reação da comunidade internacional tem sido tímida. Igrejas queimadas, aldeias destruídas e assassinatos em massa fazem parte da rotina de regiões inteiras do país.
Especialistas em segurança afirmam que a ausência de ações coordenadas por parte de governos e organismos internacionais favorece a expansão dos grupos terroristas.
“Orar não basta. Ou o Ocidente toma uma atitude ou o genocídio continuará crescendo”, declarou Prince em entrevista anterior sobre o tema.

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