Na madrugada desta sexta-feira (31), em Canindé, município no interior do Ceará, uma força policial realizou uma operação altamente ofensiva contra oito suspeitos de integração à facção criminosa Comando Vermelho. O saldo: sete mortos, nenhuma vítima entre policiais ou civis, e um arsenal considerável apreendido.
De acordo com a Polícia Militar do Ceará (PMCE), o confronto teve início no bairro Campinas — área dominada por uma facção rival — após os agentes receberem informações de inteligência sobre atividades criminosas iminentes.
Os criminosos reagiram com tiros e uso de artefatos explosivos, o que justificou a resposta policial.
Durante a ação foram apreendidos:
- 1 fuzil, 4 pistolas e 3 revólveres, além de mais de 150 munições.
- Granadas e drogas também foram recolhidas.
Para o governador Elmano de Freitas (PT), a operação é motivo de elogio: “Nenhum policial morto. Nenhum inocente alvejado. A população protegida. Parabéns à nossa Polícia Militar do Ceará!” publicou em rede social.
Este episódio reforça o cenário de guerra entre facções que atinge o Ceará: segundo o governo estadual e o Mapa da Segurança Pública (Ministério da Justiça), cerca de 90% dos homicídios no estado decorrem de disputas territoriais entre organizações criminosas.
No ano de 2024, o Ceará registrou 3.178 homicídios dolosos, aumento de 9,85% no comparativo com 2023 (2.893 casos).
A saga está longe de terminar: a investigação permanece em curso para capturar os fugitivos e determinar a origem das armas apreendidas.
Por que isso importa?
- A apreensão de armamento pesado e explosivos mostra o grau de sofisticação que as facções estão atingindo
- A operação exitosa sem vítimas civis reforça a imagem de eficácia e planejamento da PMCE.
- Marca-se um possível endurecimento no combate às organizações criminosas que controlam bolsões de poder em interior do Nordeste.
- Apesar disso, o aumento recente da violência mostra que ainda há gargalos na estratégia de segurança pública.
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