Decisão do STJ sepulta planos de retorno político e reacende lembranças do escândalo Caixa de Pandora
O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (PL) enfrenta o momento mais delicado desde que voltou a ensaiar um retorno à política. Após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manter, em 16 de outubro, sua condenação por improbidade administrativa — tornando-o inelegível até 2032 —, o ex-governador passou a ser aconselhado por aliados a desistir definitivamente da ideia de disputar o Governo do DF em 2026.
Nos bastidores, fontes próximas a Arruda relatam que o tom das conversas mudou. O entusiasmo que marcava suas aparições públicas no primeiro semestre deu lugar a um clima de resignação e isolamento político. “A ficha caiu. Ele percebeu que qualquer tentativa de retorno agora só reacende fantasmas que Brasília quer esquecer”, afirmou um interlocutor que acompanhou o ex-governador desde o escândalo da Caixa de Pandora.
STJ mantém condenação e fecha caminho jurídico
A decisão do STJ foi unânime e diz respeito ao contrato firmado com a empresa Linknet Tecnologias e Telecomunicações, durante o governo de Arruda (2007–2010). O Ministério Público comprovou que houve superfaturamento e pagamento de propina em contratos que somaram mais de R$ 100 milhões. Parte dos valores retornava aos cofres do grupo político do então governador.
A defesa de Arruda, liderada pelo advogado Paulo Emílio Catta Preta, tentou alegar que a delação de Durval Barbosa — peça central do caso — havia sido anulada pela Justiça Eleitoral, e, portanto, não poderia sustentar a condenação. O STJ, porém, rejeitou o argumento, destacando que existem provas documentais, periciais e testemunhais independentes que confirmam as irregularidades.
A manutenção da condenação torna Arruda inelegível por mais sete anos, barrando qualquer possibilidade de candidatura até 2032, mesmo que recorra ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre conselhos e desilusões políticas
Fontes ligadas ao grupo político de Arruda afirmam que o ex-governador chegou a considerar lançar uma candidatura simbólica em 2026, apenas para marcar presença política, mas foi desaconselhado por antigos aliados. O alerta é de que a insistência pode destruir o que ainda resta de sua influência.
“Ele ainda tem alguma penetração em grupos tradicionais, mas uma campanha inviável agora seria o fim da linha”, avaliou um ex-assessor.
O ex-governador, que já vinha tentando reconstruir sua imagem pública após anos de silêncio, também foi alertado sobre os riscos de reacender um passado que o eleitor brasiliense prefere esquecer — o das cenas da Caixa de Pandora, quando vídeos mostraram aliados recebendo maços de dinheiro das mãos do delator Durval Barbosa, em um dos maiores escândalos de corrupção da história do DF.
Fim de um ciclo
Mesmo sem declarações oficiais, o entorno de Arruda reconhece que o cenário é “irreversível”. “Ele sabe que o ciclo acabou”, afirmou um aliado próximo. Apesar de ainda manter amizades políticas antigas e influência em setores do centro e da direita, a inelegibilidade prolongada e o desgaste do nome tornam inviável qualquer tentativa de reabilitação eleitoral.
O caso de Arruda se junta a outros exemplos de ex-líderes regionais que tentaram voltar ao poder, mas foram barrados pelo peso de condenações e pela mudança do clima político.
O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (PL) enfrenta o momento mais delicado desde que voltou a ensaiar um retorno à política. Após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manter, em 16 de outubro, sua condenação por improbidade administrativa — tornando-o inelegível até 2032 —, o ex-governador passou a ser aconselhado por aliados a desistir definitivamente da ideia de disputar o Governo do DF em 2026.
Nos bastidores, fontes próximas a Arruda relatam que o tom das conversas mudou. O entusiasmo que marcava suas aparições públicas no primeiro semestre deu lugar a um clima de resignação e isolamento político. “A ficha caiu. Ele percebeu que qualquer tentativa de retorno agora só reacende fantasmas que Brasília quer esquecer”, afirmou um interlocutor que acompanhou o ex-governador desde o escândalo da Caixa de Pandora.
STJ mantém condenação e fecha caminho jurídico
A decisão do STJ foi unânime e diz respeito ao contrato firmado com a empresa Linknet Tecnologias e Telecomunicações, durante o governo de Arruda (2007–2010). O Ministério Público comprovou que houve superfaturamento e pagamento de propina em contratos que somaram mais de R$ 100 milhões. Parte dos valores retornava aos cofres do grupo político do então governador.
A defesa de Arruda, liderada pelo advogado Paulo Emílio Catta Preta, tentou alegar que a delação de Durval Barbosa — peça central do caso — havia sido anulada pela Justiça Eleitoral, e, portanto, não poderia sustentar a condenação. O STJ, porém, rejeitou o argumento, destacando que existem provas documentais, periciais e testemunhais independentes que confirmam as irregularidades.
A manutenção da condenação torna Arruda inelegível por mais sete anos, barrando qualquer possibilidade de candidatura até 2032, mesmo que recorra ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre conselhos e desilusões políticas
Fontes ligadas ao grupo político de Arruda afirmam que o ex-governador chegou a considerar lançar uma candidatura simbólica em 2026, apenas para marcar presença política, mas foi desaconselhado por antigos aliados. O alerta é de que a insistência pode destruir o que ainda resta de sua influência.
“Ele ainda tem alguma penetração em grupos tradicionais, mas uma campanha inviável agora seria o fim da linha”, avaliou um ex-assessor.
O ex-governador, que já vinha tentando reconstruir sua imagem pública após anos de silêncio, também foi alertado sobre os riscos de reacender um passado que o eleitor brasiliense prefere esquecer — o das cenas da Caixa de Pandora, quando vídeos mostraram aliados recebendo maços de dinheiro das mãos do delator Durval Barbosa, em um dos maiores escândalos de corrupção da história do DF.
Fim de um ciclo
Mesmo sem declarações oficiais, o entorno de Arruda reconhece que o cenário é “irreversível”. “Ele sabe que o ciclo acabou”, afirmou um aliado próximo. Apesar de ainda manter amizades políticas antigas e influência em setores do centro e da direita, a inelegibilidade prolongada e o desgaste do nome tornam inviável qualquer tentativa de reabilitação eleitoral.
O caso de Arruda se junta a outros exemplos de ex-líderes regionais que tentaram voltar ao poder, mas foram barrados pelo peso de condenações e pela mudança do clima político.

0 Comentários
Obrigado pela sugestão.