Em um discurso histórico transmitido ao vivo para todo o mundo, o ex-presidente norte-americano Donald Trump anunciou nesta segunda-feira a libertação dos primeiros 20 reféns israelenses e a paralisação dos combates como parte da primeira fase de um acordo de paz de 20 pontos firmado entre Israel e grupos palestinos. O anúncio foi recebido com emoção em Jerusalém e repercutiu fortemente em capitais internacionais.
“Após dois anos terríveis de escuridão e cativeiro, 20 reféns corajosos estão retornando ao glorioso abraço de suas famílias, e é glorioso”, declarou Trump, visivelmente emocionado.
Além dos libertados, os corpos de 28 reféns mortos devem ser devolvidos nos próximos dias como parte do mesmo acordo, que também prevê medidas humanitárias de reconstrução e libertação de milhares de prisioneiros palestinos.
“Vinte e oito entes queridos a mais estão voltando para casa, finalmente, para descansar neste solo sagrado por toda a eternidade”, completou.
Primeira fase do acordo de paz
A libertação dos reféns e o cessar-fogo marcam a abertura de um processo negociado com intermediação direta de Trump e seu enviado especial Steve Witkoff, que foi elogiado publicamente durante a cerimônia.
O ex-presidente afirmou que este acordo representa uma “chance histórica” para os palestinos se afastarem do caminho do terror e da violência:
“Esta é a chance deles de exilar as forças malignas de ódio que estão em seu meio”, afirmou Trump.
Nos bastidores, diplomatas apontam que a libertação em massa de prisioneiros palestinos foi o principal ponto de concessão israelense, em troca do retorno dos reféns e da suspensão dos ataques.
Clima político em Israel
O anúncio ocorreu em meio a forte tensão no parlamento israelense. O deputado de extrema esquerda Ofer Cassif foi removido à força do plenário após interromper o discurso de Trump com protestos.
Trump ainda surpreendeu ao sugerir publicamente que o presidente israelense Isaac Herzog perdoe Benjamin Netanyahu, atualmente réu em processo por suborno:
“A propósito, isso não estava no discurso, como vocês provavelmente sabem, mas eu gosto muito deste cavalheiro aqui. Parece fazer tanto sentido”, disse Trump em tom descontraído.
“Presidente da Paz”
Líderes israelenses distribuíram bonés vermelhos com a frase “Trump, o presidente da paz”, ecoando os tradicionais slogans de campanha do republicano. Deputados sugeriram que Trump deveria receber o Prêmio Nobel da Paz pelo acordo, que é visto como o mais significativo desde os Acordos de Oslo.
“Contra todas as probabilidades, fizemos o impossível”, concluiu Trump. “Vamos forjar um futuro digno de nossa herança e construir um legado do qual todas as pessoas desta região possam se orgulhar.”
O acordo inclui etapas futuras de normalização, cooperação econômica e mecanismos de segurança conjunta, caso o cessar-fogo se mantenha.

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