Em mais um capítulo da escalada diplomática e militar no Oriente Médio, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste fim de semana que o grupo terrorista Hamas será “aniquilado completamente” caso não abra mão do controle da Faixa de Gaza.
A declaração, feita durante entrevista à CNN Internacional neste domingo (5), reacende o debate sobre uma possível ofensiva total americana contra o grupo, ao mesmo tempo em que pressiona por um acordo de paz com Israel.
Trump defendeu que o Hamas deve libertar todos os reféns ainda mantidos em cativeiro como condição para um cessar-fogo e sinalizou que o premiê israelense Benjamin Netanyahu apoia a proposta norte-americana.
“Esperamos uma resposta definitiva do Hamas nos próximos dias. Se não aceitarem a paz, enfrentarão aniquilação completa”, declarou o presidente.
EUA intensificam pressão diplomática
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, afirmou à rede ABC News que 90% do acordo já está resolvido e que as tratativas estão focadas agora em detalhes logísticos para a libertação dos reféns.
“Não pode levar semanas ou vários dias. Queremos que isso aconteça rapidamente”, enfatizou Rubio.
Segundo ele, o Hamas aceitou em linhas gerais a proposta dos EUA e de Israel, o que inclui uma retirada gradual das tropas israelenses até a chamada linha amarela, posição dentro de Gaza ocupada em agosto.
O desafio pós-guerra
Rubio destacou que o maior desafio será garantir a reconstrução política de Gaza sem o domínio do Hamas, criando uma nova liderança palestina “tecnocrática e independente”.
“Como desarmar grupos que constroem túneis e promovem ataques a Israel? Como garantir uma autoridade palestina legítima? Esse será o verdadeiro teste da paz”, declarou.
Especialistas internacionais avaliam que o posicionamento firme de Trump marca um novo ciclo de influência militar e diplomática dos EUA no Oriente Médio, especialmente após críticas à gestão anterior, acusada de omissão nas negociações.
A fala de Trump tem duplo efeito: reforça a imagem de um governo de pulso firme e envia uma mensagem direta ao Irã e demais grupos alinhados ao Hamas.
A promessa de “aniquilação completa” é vista como o aviso mais duro desde o início do conflito e reacende o debate global sobre os limites da intervenção americana na região.

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