A
esquerda repete a lenga-lenga sobre democracia e que comunismo já
era, mas não diz um pio sobre as vítimas de Cesare Battisti, mortas
em nome da ditadura do proletariado.
Por Flavio Mogenstern
A
esquerda repete a lenga-lenga sobre democracia e que comunismo já
era, mas não diz um pio sobre as vítimas de Cesare Battisti, mortas
em nome da ditadura do proletariado.
Não
à toa, terroristas italianos viram no Brasil um Paraíso de refúgio,
no qual não apenas não seriam punidos como poderiam até mesmo
desfrutar do poder com um partido sindicalista no poder. Não foi
apenas Cesare Battisti: o terrorista Achille
Lollo,
que matou a família de um gari membro de um partido concorrente, o
Movimento Sociale Italiano. No caso Rogo
di Primavalle (“incêndio
de Primavalle”), Achille Lollo foi com três outros integrantes do
movimento comuno-terrorista Potere
Operaio,
também conhecido como Potop,
até um apartamento no terceiro andar de via Bernardo da Bibbiena
6,próximo à praça Primavalle, para matar Mario
Mattei.
O gari fugiu pela janela, salvando-se. Sua esposa conseguiu ir para o
andar superior com os filhos de 9 e 4 anos. Outras duas filhas, de 19
e 15 anos, salvaram-se por um balcão. Um dos últimos filhos,
Virgílio, 22 anos, ouviu o choro do irmão menor, Stefano, 10 anos,
enquanto escapava. Voltou para tentar salvá-lo. Ambos morreram
carbonizados.
O
incendiário de crianças (falamos dos filhos de um gari) Achille
Lollo veio para o Brasil e fundou o PSOL, Partido Socialismo e
Liberdade (aquele do Adelio Bispo, talvez o partido brasileiro com
mais assassinos por cabeça). As autoridades italianas pediram a sua
extradição, quando foi descoberto quase por acaso. Despiciendo
relatar a resposta do STF.
Já
Cesare Battisti tem um histórico de assassinatos um pouco mais
longo. Matou a tiros o marechal de polícia penitenciária Antonio
Santoro, em 1978. Em fevereiro do ano seguinte, as vítimas foram o
joalheiro Pierluigi Torregiani, em Milão, e o açougueiro Lino
Sabbadin, na parte de Veneza que fica em terra firme. Ambos teriam
matado ladrões a tiros. Como sabemos qual a visão de comunistas (ou
até da “esquerda moderada”) sobre ladrões, fica fácil entender
a motivação dos crimes. O açougueiro fazia parte do mesmo partido
do gari que Achille Lollo tentou assassinar, o Movimento
Sociale Italiano (MSI).
Os Proletários Armados pelo Comunismo disseram ter “colocado
fim” à sua “esquálida existência”. Por fim, o
policial Andrea Campagna, assassinado de sopetão, como é comum
aos covardes terroristas.
Cesare
Battisti, como seu colega de ideologia Achille Lollo, é exatamente o
ideal da esquerda que se consubstanciou em partidos como PT e PSOL:
alguém que fala em “democracia” quando
precisa de proteção do Estado contra seus crimes, alguém que pega
em armas para matar crianças, garis ou adversários políticos em
prol de implantar a ditadura do proletariado quando anda por aí. O
verniz de “esquerda light” de um PT serve exatamente a isso:
proteger terroristas perigosíssimos com um edulcorado discurso de
que “a democracia está em perigo” quando colocamos assassinos na
cadeia, abraçando toda a sorte de totalitários, genocidas e
terroristas em sua boléia.
Lemos
por todo o lado, hoje, um discurso minimizador do “efeito
Bolsonaro” na prisão e extradição de Battisti, que fugiu para a
Bolívia antes de o novo presidente ser eleito (sua extradição para
a Itália era uma promessa de campanha de Bolsonaro).
Quase
nunca se fala em PT,
em proletários,
em armados,
em comunismo (não
será nenhuma surpresa se descobrirmos que Cesare Battisti e seu
colega Achille Lollo, que mora no Botafogo, perto da churrascaria
Porcão, defendem o desarmamento da população civil). Parece que
foi uma chicana que ocorreu por acidente, espontaneamente, no Brasil.
Não se fala, por exemplo, que o último ato de Lula no poder, no dia
31 de dezembro de 2010, foi justamente ter concedido refúgio a
Cesare Battisti, via canetada Mont Blanc.
Parece
que estas palavras incomodam jornalistas. Parece mesmo que, talvez,
se falarmos em comunismo, em armas, em PT, em matar um gari de um
partido direitista, em assassinar joalheiros e açougueiros que
reagem a assaltos, em assassinar policiais, em PSOL, ora, talvez
falar de tudo isso faça com que boa parte do eleitorado mais carente
do PT passe a não ver a esquerda, Lula, Dilma, Suplicy et
caterva como
“heróis contra a ditadura”. Talvez, quem sabe, os jornais não
queiram que a população saiba disso. Quando se precisa comentar o
nome dos movimentos, é sempre en
passant,
como se Battisti (ou Lollo) apenas estivessem numa fase ruim da vida,
bebendo demais. Que a esquerda nada tem a ver com isso.
Sobretudo,
é quase impossível ver qualquer um dos grandes formadores de
opinião de esquerda do país – um Fernando Haddad, uma
Marilena Chaui, um Vladimir Safatle, um PC Siqueira, uma Cynara
Menezes, um Zé de Abreu, uma Fernanda Lima, um Felipe Neto, uma
Márcia Tiburi (aquela que defende assalto), um Marcelo Freixo, um
Jean Wyllys, uma Eliane Brum, uma Monica de Bolle, uma MC Carol, um
Tico Santa Cruz, um Fabio Pannunzio, um Gregório Duvivier, um
Marcelo Rubens Paiva preocupados com as vítimas desses
terroristas – assassinados in
nomine communismi,
sempre urge frisar.
Pelo
contrário: criaram até um Comitê
de Solidariedade (sic)
para cuidar do terrorista italiano. Não se sabe se alguém já
escreveu uma linha para os familiares das vítimas lamentando sua
morte.
Um
Gilberto Dimenstein até tentou relativizar e comparar aos assassinos
de Marielle Franco, a monomania atual da esquerda brasileira, mas o
tiro só saiu pela culatra:
Afinal,
ninguém defende os assassinos de Marielle Franco. Entretanto, a
esquerda defende desabridamente os assassinos Cesare Battisti e
Achille Lollo. E
tudo em nome do comunismo. Sempre devemos lembrar disso quando alguém
de esquerda disser que “não defende o comunismo”, que “o
comunismo já acabou” ou que “lutavam por democracia”. Basta
virem um comunista de verdade, armado, matando açougueiros ou
crianças, e rapidamente veremos se esta logorréia se sustenta.
1 Comentários
EXCELENTE TEXTO MOSTRANDO A SELETIVIDADE IDEOLÓGICA DA IMPRENSA CANALHA E DO PARTIDO DE DANDIDOS PSOL. AMBOS DEVEM SUCUMBIR.
ResponderExcluirObrigado pela sugestão.