Mesmo após a aprovação da Lei 14.343, que estabeleceu o piso nacional da enfermagem, profissionais da área ainda enfrentam dificuldades para receber a remuneração integral prevista em lei. Hospitais privados resistem em aplicar o valor corretamente, mantendo salários considerados defasados e desrespeitando o espírito da legislação.
Durante a pandemia da Covid-19, enfermeiros e técnicos de enfermagem foram a linha de frente no combate à doença. Hoje, entretanto, muitos sentem-se desvalorizados. Segundo o Sindicato dos Técnicos de Enfermagem (Sindate), a estratégia de empresários tem sido pagar adicionais como insalubridade, adicional noturno e horas extras de forma separada, sem incorporá-los ao salário base. Essa prática impede que os valores sejam considerados no cálculo de direitos como férias e décimo terceiro.
Os empresários alegam que aguardam o julgamento do mérito da lei no Supremo Tribunal Federal (STF). Porém, sindicalistas entendem essa postura como uma forma de driblar a aplicação da norma, já que o STF determinou que as negociações coletivas deveriam assegurar a aplicação do piso.
Desde outubro de 2024, o Sindate vem tentando negociar a inclusão integral do piso no salário base, mas as propostas apresentadas pelos empregadores ainda não atendem às expectativas da categoria. Por isso, uma assembleia geral foi convocada para esta segunda-feira (1º de setembro), onde serão discutidas a contraproposta recebida, o teto remuneratório e outras pautas decisivas para a categoria.
Para a Josy Jacob (cargo) destacou que, apesar de avanços, a luta continua: “O complemento do piso salarial na rede privada apareceu no contracheque, mas nossa luta não para por aqui! Queremos mais: que esse valor esteja no vencimento, como deve ser”.
O impasse reacende a mobilização dos profissionais de enfermagem, que cobram respeito e valorização por parte das redes hospitalares privadas.
📅 1º de setembro (segunda-feira)
⏰ 9h30
📍 Presencial (Sede do Sindatedf) + Online (link nos stories amanhã)
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