O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (11) uma medida inédita: o governo federal assumirá o comando da polícia de Washington D.C. e enviará tropas da Guarda Nacional para reforçar a segurança. A ação faz parte de uma campanha de “tolerância zero” contra a criminalidade, com o objetivo de, segundo o próprio presidente, “restabelecer a ordem pública” na capital americana.
Em publicação na Truth Social, Trump foi direto: “Crime, selvageria, sujeira e escória desaparecerão. Os dias de assassinatos e ataques impiedosos contra pessoas inocentes chegaram ao fim.” O presidente disse que Washington será apenas o início de uma ofensiva nacional para recuperar cidades que, segundo ele, “estão dominadas pela violência”.
A operação prevê o envio de até 1.000 soldados da Guarda Nacional para patrulhar a cidade. Apesar de autoridades locais contestarem a narrativa de aumento da criminalidade — apontando para uma queda nos índices de crimes violentos entre 2023 e 2024 —, Trump citou casos recentes de grande repercussão, como o assassinato de um estagiário do Congresso e a agressão contra um funcionário do Departamento de Justiça durante uma tentativa de roubo.
Trump também criticou a atuação da polícia e do Ministério Público local, afirmando que “faltam rigor e coragem” para enfrentar o crime. Ele prometeu estender a estratégia a outras cidades como Nova York e Chicago, já conhecidas por altos índices criminais.
O presidente já havia adotado medidas semelhantes na fronteira sul, fechando acessos, promovendo deportações em massa e usando forças federais para conter protestos. Agora, ele pretende aplicar o mesmo modelo no coração político do país.
A decisão reacende o debate sobre a autonomia de Washington D.C., que, apesar de ter prefeito e conselho municipal desde 1970, continua sob forte influência do Congresso e do governo federal.
Trump finalizou com uma promessa: “Hoje é o dia da libertação em D.C. Vamos limpar isso muito rápido, muito rápido.”

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