Por Carlos Eduardo de Freitas Rocha
O Brasil ainda não completou
seu processo civilizatório. Somos uma nação jovem e, todos
sabemos, jovem só faz caca. A estrutura da sociedade obedece à
posição ocupada pelo indivíduo. Basta alguém ganhar algum poder e
sua personalidade incompleta logo aparece.
Nulidades dotadas de poder
passam a exercê-lo com fúria, exigindo daqueles a quem deveriam
servir sua subserviência completa. O famoso “você sabe com quem
está falando?” é usado por todo tipo de autoridadezinha inculta
quando se sente numa posição menor. É a síndrome do pequeno
poder.
Abundam páginas constrangedoras
e vergonhosas na nossa história. Agora, em fins de 2019, temos
talvez uma das mais cômicas e ridículas dessa surrada história de
patetas poderosos constrangendo seu povo.
A CPMI das fake news é uma
completa insanidade. Basta ver os tipos que se impõem com ar e
aparência de grandes heróis da democracia, mas que, no fundo, tem a
substância de pobres coitados. O namorado da Fátima, Rui Falcão,
do PT, Randolfe Rodrigues, Davi Miranda (aquele que não sabe o lugar
do sujeito numa frase.) e Alexandre Frota, ele mesmo.
"O sujeito da frase é?" pic.twitter.com/PVQeY37CIG— Renato Giraldi (@giraldirenato) November 5, 2019
Alexandre Frota, o ex-ator pornô
que desembarcou no congresso com a maré que elegeu Bolsonaro, tão
logo se viu confortável (putaria é com ele mesmo), fez que não era
com ele e debandou para o lado podre do poder, daqueles que sempre
estiveram ali e tanto fizeram pela mediocridade do país, ainda
exibiu um tuíte fake para acusar (memes foram feitos a exaustão).
Tá mais gozado do que filme pornô: a CPMI das Fake News, o novo Ministério da Verdade, trouxe o ex-ator pornô que citou tweet fake para "provar" que existe milícia virtualhttps://t.co/3MasIr30hi— Senso Incomum ⚓ (@sensoinc) October 30, 2019
A tentativa é clara:
criminalizar a opinião, a piada, o meme. As redes sociais
democratizaram, de fato, a opinião. Empresas de comunicação que
nunca se preocuparam em comunicar, mas sim em fazer conluios com
poderosos e protegê-los sob uma cenográfica imparcialidade, foram
desmascaradas. E alguma delas foi chamada a depor? A Globo terá que
explicar a cretina matéria exibida em que tenta ligar Bolsonaro ao
assassinato de Marielle?
Deslocadas da sua posição
privilegiada de guardiãs da notícia, as organizações de mídia,
sempre muito próximas da podridão do poder, estão num momento de
crise. Seu antigos leitores e espectadores se dividiram pelas redes
sociais absorvendo o conteúdo produzido por diversos canais menores
que, sem essas relações escusas, tratam a notícia e a opinião com
muito mais cuidado.
E os poderosos, vendo seus
canais de divulgação sem credibilidade, estão desesperados. Querem
de qualquer jeito achar uma forma de calar as vozes dissidentes. O
Marco Civil da Internet foi uma delas. A CPMI das fake news é o
segundo experimento.
Enquanto ela for comandada pelos
trapalhões involuntários que estão lá, há poucas chances de
vingar. Mas o poder é sujo e cheio de recursos. É preciso estar
atento.
Fonte: Senso Incomum
Leia também: AGU PODE ENQUADRAR GLOBO NA LEI DE SEGURANÇA NACIONAL
Fonte: Senso Incomum
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