Por
Tarciso Morais
“Nós
lutamos para ter um pedaço de terra e geralmente somos bloqueados”,
disse líder indígena da Guiana Francesa.
A
política agrária adotada pela França na Guiana
Francesa foi
alvo de críticas de representantes das comunidades indígenas
locais.
Os
líderes indígenas acusam o governo de Emmanuel
Macron de
estar facilitando a compra de terras para agricultores que, em
seguida, dividem e revendem os terrenos, colocando em risco
a Floresta
Amazônica.
Claudette
Labonté,
dirigente indígena presidente da federação Parikweneh da Guiana
Francesa, disse que a região tem sido vítima dos subsídios não
regulamentados que marginalizam os nativos e beneficiam os grandes
fazendeiros.
A líder indígena declarou:
“Os
agricultores fazem pedidos de parcelas de terra, que são diferentes
dos pedidos feitos pelos autóctones.”
E,
segundo o site UOL,
acrescentou:
“Nós
dependemos de uma comissão, que regulamenta as condições de
concessões das terras nas quais podemos viver e suprir nossas
necessidades, enquanto os agricultores dependem de uma outra
comissão, diferente da nossa. Nós consideramos que há uma grande
especulação sobre os terrenos, pois há muitos pedidos de terra
vindos dos agricultores. Praticamente todos os meses as comissões
para os fazendeiros se reúnem.”
Claudette Labonté ainda relatou
que muitas vezes os terrenos concedidos são usados de forma
indevida, desrespeitando as regras de cultivo ou de proteção da
natureza:
“Quando
vamos nas zonas agrícolas, constatamos que essas terras são
revendidas. Os terrenos são divididos em parcelas e vendidos a
particulares.”
A indígena completou:
“Nós
lutamos para ter um pedaço de terra e geralmente somos bloqueados,
enquanto os agricultores não encontram nenhum problema. Para eles,
tudo funciona.”
Fonte: Renova Mídia
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