Governador de Goiás afirmou que o presidente 'se preocupou em continuar o enfrentamento' e confirmou que seu partido terá candidatura própria em 2026
Cotado para disputar o eleitorado de oposição na corrida ao Planalto em 2026, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), participou do programa Os Três Poderes desta sexta-feira, 31. O político respondeu a perguntas dos colunistas Robson Bonin, Matheus Leitão e Ricardo, Rangel, com apresentação do editor Ricardo Ferraz.
Questionado se hoje não existe direita no Brasil sem Jair Bolsonaro ou se um candidato conservador não ganha eleição sem o apoio do ex-presidente, Caiado criticou o presidente Lula, que, segundo ele, estimula a polarização, e ressaltou que o seu eleitorado é o mesmo do capitão. “É compreensível, neste momento, essa polarização na política do Brasil. Ao invés do presidente Lula se preocupar em governar, ele se preocupou em continuar esse enfrentamento”, afirmou.
“Sobre Bolsonaro, o seu apoio, indiscutivelmente, nós temos um eleitorado, o mesmo eleitorado. Este eleitorado não tem como querer rotulá-lo apenas de bolsonarista ou não-bolsonarista. É um eleitorado conservador, que acredita na economia de mercado. É um eleitorado que quer buscar também o equilíbrio, a paz, a governança, a convivência entre os poderes”, acrescentou.
Perguntado se um possível apoio do ministro do Turismo, Celso Sabino, que é do União Brasil, à reeleição de Lula o incomodou, o governador disse que não, “de maneira alguma” e que a fala do ministro é “aceitável”. Caiado, porém, disse que, as votações no Congresso, com derrotas do governo, mostram que “a ampla maioria do país não pensa hoje como o governo Lula” e que o União Brasil “vai ter candidatura própria”. “Nós vamos apresentar um projeto e outros nomes poderão surgir, mas espero no debate e nas convenções poder sensibilizar o partido que esse caminho é o caminho que o povo brasileiro não quer”, ponderou.
Críticas anteriores
Caiado tem disparado críticas à atuação do governo Lula. Entre os erros apontados estão as falas do presidente, que ele classifica como “infelizes e irresponsáveis”, sobre o conflito entre Israel e Hamas e os ataques do Irã ao território israelense. Também contesta o recuo da gestão do petista na meta fiscal de superávit para 2025. “Você não vê o governo com ações concretas, e vê o presidente perdendo a vontade de governar”, disse, em entrevista ao programa Amarelas On Air. As derrotas recentes do governo Lula no Congresso também foram analisadas pelos colunistas.
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