Satélites do Inpe apontam que os focos de incêndio no Distrito Federal quase dobraram de janeiro a julho deste ano em comparação com 2023
Os números de focos de incêndio dispararam em 2024 em comparação a 2023 no Distrito Federal. Em um ano, o aumento foi superior a 94%, saindo de 39 para 76 focos. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) a partir dos focos detectados por satélite, de 1º de janeiro a 15 de julho.
O levantamento via satélite apontou, ainda, que 2024 tem o maior número de focos de incêndio em oito anos, desde 2017. Veja a lista:
Os números de focos de incêndio dispararam em 2024 em comparação a 2023 no Distrito Federal. Em um ano, o aumento foi superior a 94%, saindo de 39 para 76 focos. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) a partir dos focos detectados por satélite, de 1º de janeiro a 15 de julho.
O levantamento via satélite apontou, ainda, que 2024 tem o maior número de focos de incêndio em oito anos, desde 2017. Veja a lista:
Para o ambientalista Pedro Ivo, do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), esse número se explica pela característica climática, pelo desmatamento e pela falta de fiscalização.
“Estamos em crise climática com efeito extremo, aumento de calor e alto grau de desmatamento no cerrado”, disse. “O evento climático provocado pelo calor, somado à secura e às queimadas vão causar um aumento em doenças respiratórias na população”, acrescentou.
“Nós vamos sofrer muito mais ainda, até porque o desmatamento no cerrado só aumenta, que é o bioma dessa nossa região do Distrito Federal”, completou.
Foco de incêndio e queimadas
O foco de queima é indicado pelos satélites geostacionários do instituto, que identifica a existência de fogo na vegetação sem ter como avaliar o tamanho da área queimada. “Um foco de queima pode indicar tanto uma pequena queimada, várias pequenas queimadas ou uma muito grande”, explica o Inpe no site.
De acordo com o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) foram registradas 213 áreas queimadas no Distrito Federal de janeiro a julho. A área chega a 905,85 hectares. Em todo 2023 foram 357 registros de áreas queimadas, que atingiram 972,1 hectares.
O instituto informou que, para prevenir e combater focos de incêndio, a autarquia conta com 150 brigadistas, distribuídos em 16 bases no DF.
Mais de 80 dias sem chuva
Pedro Ivo caracterizou a seca como um dos fatores que propiciam o aumento de áreas queimadas.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) apontou que a estiagem começou mais cedo no DF em 2024. Houve chuvas significativas nos primeiros quatro meses do ano, mas, em maio, a seca derrubou os índices de maneira expressiva. Já não chove há mais de 80 dias na capital — a última vez foi em 23 de abril.
Em junho, o Metrópoles já apontava que 2024 seria marcado por uma seca severa na capital. Dados de janeiro a maio mostram que já houve quatro vezes mais queimadas no Distrito Federal em comparação ao mesmo período de 2023. A crescente é reflexo de um ano seco e quente, e acende um alerta para os próximos meses.
O Inmet soltou um alerta na manhã dessa terça-feira (16/7) para o perigo potencial no DF devido à baixa umidade na capital.
Aumento de 529% no Brasil
O cenário do DF não é tão diferente do restante do país. As queimadas no primeiro semestre deste ano no Brasil consumiram 4,48 milhões de hectares. É como se, a cada 4,9 dias, toda a área do município do Rio de Janeiro fosse destruída pelo fogo. A média do território em chamas é de 246,37 km², e a cidade ocupa 1.200 km²
O dado faz parte do levantamento Monitor do Fogo, do MapBiomas, que apurou as ocorrências de queimadas em todo o território nacional no primeiro semestre deste ano. O aumento é de 529% na comparação com anos anteriores.
“Estamos em crise climática com efeito extremo, aumento de calor e alto grau de desmatamento no cerrado”, disse. “O evento climático provocado pelo calor, somado à secura e às queimadas vão causar um aumento em doenças respiratórias na população”, acrescentou.
“Nós vamos sofrer muito mais ainda, até porque o desmatamento no cerrado só aumenta, que é o bioma dessa nossa região do Distrito Federal”, completou.
Foco de incêndio e queimadas
O foco de queima é indicado pelos satélites geostacionários do instituto, que identifica a existência de fogo na vegetação sem ter como avaliar o tamanho da área queimada. “Um foco de queima pode indicar tanto uma pequena queimada, várias pequenas queimadas ou uma muito grande”, explica o Inpe no site.
De acordo com o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) foram registradas 213 áreas queimadas no Distrito Federal de janeiro a julho. A área chega a 905,85 hectares. Em todo 2023 foram 357 registros de áreas queimadas, que atingiram 972,1 hectares.
O instituto informou que, para prevenir e combater focos de incêndio, a autarquia conta com 150 brigadistas, distribuídos em 16 bases no DF.
Mais de 80 dias sem chuva
Pedro Ivo caracterizou a seca como um dos fatores que propiciam o aumento de áreas queimadas.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) apontou que a estiagem começou mais cedo no DF em 2024. Houve chuvas significativas nos primeiros quatro meses do ano, mas, em maio, a seca derrubou os índices de maneira expressiva. Já não chove há mais de 80 dias na capital — a última vez foi em 23 de abril.
Em junho, o Metrópoles já apontava que 2024 seria marcado por uma seca severa na capital. Dados de janeiro a maio mostram que já houve quatro vezes mais queimadas no Distrito Federal em comparação ao mesmo período de 2023. A crescente é reflexo de um ano seco e quente, e acende um alerta para os próximos meses.
O Inmet soltou um alerta na manhã dessa terça-feira (16/7) para o perigo potencial no DF devido à baixa umidade na capital.
Aumento de 529% no Brasil
O cenário do DF não é tão diferente do restante do país. As queimadas no primeiro semestre deste ano no Brasil consumiram 4,48 milhões de hectares. É como se, a cada 4,9 dias, toda a área do município do Rio de Janeiro fosse destruída pelo fogo. A média do território em chamas é de 246,37 km², e a cidade ocupa 1.200 km²
O dado faz parte do levantamento Monitor do Fogo, do MapBiomas, que apurou as ocorrências de queimadas em todo o território nacional no primeiro semestre deste ano. O aumento é de 529% na comparação com anos anteriores.
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