Ministro alega que a direita estaria “organizada” e que isso poderia ser uma ameaça ao “fair play” democrático.
Sem citar os nomes das companhias, Haddad disse que empresas donas de redes sociais estariam se alinhando com a “extrema direita”. A fala provavelmente se refere às mudanças nas políticas das plataformas da Meta e ao X de Elon Musk.
Enquanto respondia a algumas perguntas, o ministro da economia disse que foi alvo de uma “Fake News” envolvendo uma suposta taxa ambiental para veículos.
Haddad comentou que essa teria sido a segunda vez na semana que foi alvo de algo do tipo, em referência a um meme que circulou nas redes sociais onde o ministro aparece defendendo “taxar tudo”.
O ministro chegou a acionar a Polícia Federal (PF) para procurar os responsáveis pela publicação, que foi chamada de “deep fake” pelas autoridades.
O termo Deep Fake faz referência ao uso de Inteligência Artificial e edição para fazer um vídeo onde uma pessoa parece estar falando alguma coisa.
Segundo Haddad, notícias falsas “devem acontecer mais” por causa de um suposto alinhamento entre as empresas donas de redes sociais e o “fascismo”.
O ministro também alegou que as redes sociais são responsáveis por desgastar o governo e seus funcionários:
“Parece que depois desse alinhamento das big techs com a extrema direita, nós vamos ter efetivamente dias difíceis pela frente. E isso consome energia do governo, consome energia do Estado, funcionários públicos e tudo mais para combater um tipo de barbaridade que, na minha opinião, com esse alinhamento com o fascismo, ele deve acontecer mais.”
Haddad seguiu dizendo que haveria uma “extrema direita organizada” capaz de acabar com o “fair play” no debate democrático:
“Então existe uma extrema direita hoje organizada, mesmo com poder de fogo bastante grande. Isso é muito perigoso para a democracia porque você pode botar a perder um debate honesto, fair play, que a democracia exige.”
Quais seriam as Big Techs mencionadas pelo ministro?
O ministro não deixou claro quais empresas estaria acusando, mas provavelmente se tratava de uma referência ao X e às plataformas da Meta (Instagram, Thrends, WhatsApp e Facebook).
Elon Musk, o dono do X, declarou apoio à eleição de Donald Trump nos EUA e tem se aproximado cada vez mais de outras figuras de direita ao redor do mundo.
O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, declarou em um vídeo que vai diminuir restrições sobre temas polêmicos e substituir a checagem de fatos pelo sistema de notas do usuário em todas as suas plataformas nos EUA.
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