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Operação Draco 182 - Adolescente no crime, reincidência e impunidade

Por Ten. Coronel Aguiar PMDF 
A principal função dos elementos mais jovens das quadrilhas é assumir qualquer ação mais violenta que tenha ocorrido durante a execução dos crimes. Dessa forma, quando a polícia realiza prisões, as mortes, as armas ou qualquer outro fato mais grave são sempre atribuídos aos adolescentes, que, em pouco tempo, podem voltar à liberdade para serem novamente utilizados como bucha de canhão pelos membros mais velhos das organizações.
Claro que apenas a diminuição da idade de responsabilização penal não é uma medida suficiente para resolver todo o problema da marginalidade juvenil. Mas não fazer nada não pode ser a resposta — melhorar alguma coisa é muito melhor do que não melhorar nada.
Uma solução mais adequada, por exemplo, seria que cada caso fosse avaliado individualmente e, de acordo com as características de cada ação, os adolescentes fossem analisados para decidir se deveriam ser julgados como adultos ou não. Porém, na impossibilidade de uma medida mais específica, a redução da maioridade penal já serviria como um marcador para aumentar a sensação de risco e diminuir a percepção de impunidade.
Enquanto os doutrinadores da bandidolatria prosseguem em sua missão de propagar a visão de que os criminosos são vítimas da opressão do Estado, da injustiça social e da polícia opressora. A população segue refém do crime, com suas liberdades limitadas e com medo, mesmo dentro de suas próprias casas.
 A defesa da inimputabilidade de adolescentes que cometem crimes violentos tem se tornado um incentivo para que facções e grupos criminosos diversos se empenhem no recrutamento de elementos cada vez mais jovens. Aproveitando-se da fragilidade emocional e da necessidade de pertencimento dos jovens, os marginais experientes seduzem seus recrutas com a promessa de dinheiro fácil, respeito e a certeza de que, mesmo se forem presos, nosso sistema de justiça criminal não irá puni-los de forma significativa.

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