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DF é pioneiro na proteção de bebês contra bronquiolite com novo medicamento na rede pública

O Distrito Federal saiu na frente entre os estados brasileiros ao iniciar a aplicação do Nirsevimabe na rede pública de saúde, voltada à prevenção de infecções respiratórias graves em bebês prematuros. O medicamento, fornecido pela Secretaria de Saúde (SES-DF), é um anticorpo de longa duração que oferece proteção contra o vírus sincicial respiratório (VSR) — principal causa de bronquiolite e pneumonia em crianças nos primeiros meses de vida.
A primeira aplicação na rede pública ocorreu no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), onde a pequena Ana Ísis, nascida com 36 semanas, recebeu o anticorpo na presença da mãe, Raimunda Ribeiro. Ela faz parte do grupo contemplado pelo protocolo: recém-nascidos prematuros entre 32 semanas e 36 semanas e 6 dias de gestação, nascidos a partir de 1º de outubro de 2024 — período que antecede o pico de circulação do VSR no DF.
“O uso do Nirsevimabe marca um importante avanço na saúde da primeira infância. É mais uma ação que reforça o compromisso do GDF com a prevenção e o cuidado com os mais vulneráveis”, destacou o secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior.
A administração do medicamento ocorre antes da temporada com maior incidência de infecções respiratórias em bebês, com o objetivo de prevenir quadros graves e reduzir a necessidade de internações em UTIs neonatais. A distribuição está sendo feita nas 11 maternidades públicas do DF, com base na estimativa de nascimentos prematuros em cada unidade.
O protocolo de aplicação, elaborado pela SES-DF com apoio da Sociedade Brasileira de Pediatria e do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB), garante um processo seguro e acolhedor. Equipes de saúde da rede pública — incluindo médicos, enfermeiros e farmacêuticos — já estão passando por capacitação.
Aprovado pela Anvisa em outubro de 2023 e incorporado ao SUS em fevereiro de 2025, o Nirsevimabe oferece proteção imediata, sem depender da ativação do sistema imune da criança, sendo especialmente recomendado para bebês prematuros e crianças com menos de dois anos com comorbidades.
Segundo a pediatra e gestora da SES-DF, Julliana Macêdo, o novo anticorpo complementa as ações já em curso: “O Palivizumabe continuará sendo utilizado para os grupos de maior risco, como crianças com cardiopatias congênitas ou displasias pulmonares. O Nirsevimabe chega para ampliar a proteção, integrando-se ao protocolo existente”.
Com essa medida, o DF se destaca nacionalmente pela inovação no combate às síndromes respiratórias em crianças, reafirmando a prioridade pela saúde infantil desde os primeiros dias de vida.

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