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Governadores de MG, GO e PR articulam aliança contra Lula em 2026 e deixam Bolsonaro de lado

Em evento do agronegócio, Zema, Caiado e Ratinho Jr. sinalizam união em eventual segundo turno contra PT, enquanto PSD avalia apoio a Tarcísio
Os governadores Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Carlos Massa Ratinho Jr. (PSD-PR) deram o primeiro passo público para uma aliança pré-eleitoral com um objetivo claro: derrotar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026. Durante a 90ª Expozebu, feira do agronegócio em Minas Gerais, os três discursaram pela união da chamada "centro-direita" – um movimento que, significativamente, não mencionou o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Quem for ao segundo turno terá nosso apoio", diz Caiado
Caiado, o primeiro a lançar movimentos de pré-campanha, foi enfático:
– "Apostem: em 2026, a centro-direita estará no Palácio do Planalto. Qualquer um de nós que for ao segundo turno terá o apoio dos outros", declarou, em referência a Zema e Ratinho Jr.

Zema, por sua vez, atacou Lula diretamente:
– "Em 2026, estaremos tirando esse governo que persegue quem produz e trabalha. O Brasil não merece isso", afirmou, antes de endossar seu vice, Mateus Simões, como sucessor em Minas.
Já Ratinho Jr. optou por um tom menos confrontador, destacando a "seriedade" de suas gestões, mas evitando citar o PT. A estratégia refle o cauteloso posicionamento do PSD, que, segundo seu presidente, Gilberto Kassab, pode abrir mão de uma candidatura própria para apoiar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso ele entre na disputa.

O elefante na sala: e Bolsonaro?
A ausência de menções a Bolsonaro nos discursos chamou atenção. Pesquisas mostram que o eleitorado de direita ainda tem forte vinculação ao ex-presidente, e uma candidatura sob sua influência poderia fragmentar a oposição. Enquanto o PL insiste que Bolsonaro é o nome natural da direita, o grupo de Zema, Caiado e Ratinho Jr. parece testar um caminho alternativo – ainda que, por ora, evitem confrontá-lo abertamente.

Sinais de desgaste do União Brasil no governo
Caiado tem sinalizado a aliados que o União Brasil pode reduzir apoio a Lula, especialmente após a indicação de Frederico Siqueira Filho (ex-Telebras) para o Ministério das Comunicações, em vez do cotado Pedro Lucas Fernandes, líder do partido na Câmara. Já o Novo reafirmou que Zema será seu candidato em 2026, descartando coligações com o bolsonarismo.

Agronegócio como palanque
A Expozebu reuniu ainda figuras como Arthur Lira (PP-AL), Eduardo Cunha (PRD-SP) e Pedro Lupion (PP-PR), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária. O evento evidenciou que, para a ala "não-bolsonarista" da direita, o agro é um eixo de união – e um contraponto ao discurso do PT.

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