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Brasil barra Almirante dos EUA! O que o governo está escondendo na Amazônia?


Decisão do governo brasileiro revela fragilidade do controle territorial na tríplice fronteira com Peru e Bolívia e reforça suspeitas de atuação criminosa na região.
Em um episódio que escancarou as fragilidades geopolíticas e a falta de transparência nas fronteiras amazônicas, o Brasil impediu a visita do almirante Alvin Holsey, comandante do Comando Sul dos Estados Unidos, ao estado do Acre. A negativa, que repercutiu fortemente nos bastidores diplomáticos, reacendeu o debate sobre o domínio efetivo do Estado brasileiro em uma das regiões mais críticas para o combate ao crime transnacional.
Holsey lidera uma das mais importantes estruturas militares norte-americanas, responsável por toda a América Latina, e sua passagem pelo Acre tinha como objetivo conhecer de perto os desafios de segurança na tríplice fronteira Brasil-Peru-Bolívia — hoje considerada uma das mais ativas rotas do narcotráfico e do contrabando de ouro e armas ilegais.

A Floresta como Corredor do Crime

A região, por décadas negligenciada pelo poder público, transformou-se em um verdadeiro corredor para atividades ilícitas. Informações de setores de inteligência, tanto brasileiros quanto norte-americanos, indicam a presença de organizações criminosas internacionais, inclusive com conexões com o Hezbollah, grupo libanês que, além de suas atividades político-militares, financia-se globalmente por meio de redes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Mais do que um ponto de passagem, a fronteira amazônica é hoje um polo logístico sofisticado, impulsionado por rodovias financiadas por capital chinês, atividades de ONGs internacionais e a ausência de fiscalização estatal eficiente.

O Papel Ambíguo das ONGs

As organizações não governamentais, que atuam ostensivamente na região sob a bandeira da proteção ambiental e dos direitos humanos, também passaram a ser vistas com desconfiança. Relatórios de inteligência sugerem que algumas delas servem, intencionalmente ou não, como cobertura para fluxos ilícitos de recursos e pessoas, além de influenciarem políticas públicas locais de forma opaca.
Enquanto alguns defendem o papel dessas entidades na defesa da floresta e das comunidades tradicionais, críticos apontam que elas operam como “senhores feudais”, com financiamento estrangeiro, pouca transparência e enorme influência sobre territórios que, na prática, escapam ao controle do governo brasileiro.

Raízes Históricas e Poder Local

O Acre, frequentemente tratado como um apêndice longínquo do Brasil, abriga uma elite política de origem sírio-libanesa que há décadas domina o comércio e a política local. Governos se sucedem, mas o modelo de poder permanece: alianças entre oligarquias tradicionais, setores empresariais e, mais recentemente, grupos econômicos e religiosos de diversas origens, incluindo neopentecostais venezuelanos.
Esse tecido social e político cria um ambiente propício para a manutenção de redes paralelas de poder, onde interesses locais e internacionais se misturam, tornando qualquer tentativa de fiscalização ou controle um desafio monumental.

A Rota Haitiana e a Falência da Fiscalização

O Acre também se tornou um inesperado ponto de entrada para fluxos migratórios complexos. Após o terremoto no Haiti, em 2010, milhares de migrantes encontraram na fronteira amazônica uma das rotas mais permeáveis para entrar no Brasil, aproveitando a infraestrutura precária e a fiscalização fragilizada.
O fenômeno revelou não apenas uma falha na política migratória brasileira, mas também como essa vulnerabilidade pode ser explorada por redes criminosas e até por interesses políticos externos.

A Decisão Diplomática e o Silêncio Oficial

A decisão do governo brasileiro de barrar a visita do almirante Holsey foi justificada oficialmente por “questões de soberania”. Entretanto, analistas consideram que a medida visou evitar a exposição pública das condições reais da região: um estado onde a presença do governo federal é frágil, as Forças Armadas perderam protagonismo para ONGs e o crime organizado atua com desenvoltura.
O silêncio oficial, até agora, contrasta com o volume de informações que circulam em relatórios diplomáticos e de segurança: o Acre, antes piada nacional, agora é peça-chave no xadrez geopolítico da América do Sul — não por sua pujança econômica ou estratégica, mas pela ausência de Estado e pela facilidade que oferece ao crime internacional.

Conclusão: Quando o Estado se Cala, o Crime Fala

O veto à visita de uma das principais autoridades militares norte-americanas não é apenas um ato de política externa. É um sintoma da incapacidade brasileira de assumir e resolver os desafios que as suas fronteiras impõem.
Enquanto isso, a tríplice fronteira amazônica segue sendo atravessada, diariamente, por rotas do tráfico, carregando cocaína, ouro ilegal e recursos destinados a grupos criminosos internacionais. E, como já se tornou um triste padrão, quando o Estado silencia, o crime se impõe — e em múltiplos idiomas.

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