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Líder do MST pode entrar na disputa pela presidência do PT

João Paulo Rodrigues, uma das principais lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), surge como possível candidato à presidência do Partido dos Trabalhadores (PT). A eleição interna do partido está prevista para julho deste ano e deve definir os rumos da legenda para o próximo período.
A possibilidade da candidatura de Rodrigues ganhou força após Washington Quaquá, prefeito de Maricá (RJ) e atual vice-presidente do PT, sinalizar que pode desistir da disputa, abrindo espaço para o dirigente do MST.
Durante a 5ª Feira Nacional da Reforma Agrária, realizada em 8 de maio, João Paulo comentou a respeito da especulação:
“Estou muito lisonjeado com a menção do meu nome, mas, neste momento, sigo focado na luta pela reforma agrária”, afirmou.
“Mais para frente, teremos reunião da Direção Nacional e vamos avaliar o convite que foi feito, mas não há nenhuma conversa organizada com o PT ou com alguma tendência, nem mesmo com o MST”, completou.
Nos bastidores petistas, a eventual candidatura de Rodrigues é vista como uma alternativa estratégica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente se o nome que ele apoia oficialmente encontrar resistência dentro do partido.
Atualmente, Lula defende a candidatura de Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP) e atual secretário de Comunicação da Presidência da República. No entanto, o nome de Edinho enfrenta resistência de setores mais à esquerda do PT. Lideranças históricas, como José Genoino e Maria do Rosário, manifestaram preocupação com uma eventual guinada ao centro na condução partidária.
Para esse grupo, uma eventual presidência de João Paulo Rodrigues representaria a reafirmação do compromisso do PT com as pautas tradicionais da esquerda, como a reforma agrária e os direitos sociais.
O próprio Rodrigues chegou a brincar com a situação:
“Como plano B, vote João Paulo do MST”.
A decisão final sobre as candidaturas deve ser tomada nas próximas semanas, em reunião da Direção Nacional do PT, que deverá traçar o cenário definitivo para a sucessão de Gleisi Hoffmann, atual presidente da legenda.

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