Enquanto potências ocidentais ignoram as celebrações do Dia da Vitória em Moscou, o presidente Lula (PT) marca presença no evento ao lado de líderes de regimes autoritários, reacendendo o debate sobre o alinhamento internacional do Brasil. A cerimônia, que lembra os 80 anos da vitória soviética sobre o nazismo, reunirá 29 chefes de Estado, incluindo nomes criticados por violações de direitos humanos e por confrontos com democracias liberais.
A ida de Lula a Moscou é vista como um gesto claro de distanciamento em relação aos Estados Unidos — especialmente do campo republicano, aliado de Jair Bolsonaro — e um aceno a países como Rússia, China e Irã. O movimento preocupa diplomatas e analistas internacionais, que temem um reposicionamento geopolítico do Brasil em meio a uma nova Guerra Fria ideológica.
Nos bastidores, aliados de Donald Trump consideram a aproximação como um "erro estratégico" do governo Lula, e alertam para possíveis impactos comerciais e diplomáticos em caso de uma eventual volta de Trump à Casa Branca.
Ao priorizar relações com regimes que confrontam o Ocidente, Lula dá sinais de que seu governo aposta em uma política externa multipolar, ainda que isso custe tensão com antigos parceiros.
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