Há quase um mês paralisados, produtores rurais do Rio Grande do Sul seguem mobilizados contra o que classificam como um abandono total do governo federal. A crise, impulsionada por endividamentos históricos e perdas causadas por desastres climáticos, tem sido agravada, segundo os agricultores, pela falta de respostas efetivas e pela hostilidade ideológica do governo Lula em relação ao setor agropecuário.
As manifestações, que começaram de forma regional, já ecoam em outras partes do país e podem desencadear uma greve geral do agronegócio, afetando diretamente o abastecimento de alimentos e os preços dos alimentos ao consumidor no país e no mundo.
Passo Fundo - RS
— V4RSIL (@msfoo7) June 7, 2025
O Rio Grande do Sul está travando uma batalha que pode ser o começo de uma grande mudança se o Brasil inteiro aderir e junto com eles PARAR o país! Avante Caminhoneiros, o agro parou! Precisamos de vcs pic.twitter.com/kFsZlMwfma
Governo ignora o campo: renegociação de dívidas é a principal demanda
A principal reivindicação dos produtores é a renegociação das dívidas rurais por meio da chamada securitização — que transformaria os débitos em títulos com prazos maiores e condições viáveis de pagamento. O setor, que já acumula mais de R$ 72 bilhões em dívidas, exige socorro imediato. No entanto, as ações anunciadas até agora pelo governo federal foram consideradas paliativas e restritas a poucos programas, deixando a maioria dos agricultores de fora.
“Querem destruir o agro”
O sentimento predominante entre os manifestantes é o de que o governo Lula tem atuado não apenas com descaso, mas com um projeto velado de enfraquecimento do agronegócio brasileiro. “Enquanto o campo produz, o governo atrapalha. Estão destruindo o agro por ideologia e vingança política”, afirmam lideranças do movimento.
A percepção é de que o setor, que representa mais de 20% do PIB nacional, tem sido tratado como inimigo, e não como aliado estratégico para a segurança alimentar e a economia do país.
Preços já começam a subir
A paralisação prolongada no Sul já começa a afetar o mercado. Produtos oriundos da região, como arroz, feijão e hortifrúti, apresentaram alta nos preços em centros de abastecimento de São Paulo e Brasília. Sem apoio concreto, a próxima safra está ameaçada, o que pode elevar ainda mais os custos no bolso do consumidor.
Mobilização nacional em curso
Produtores de outros estados, como Mato Grosso e Goiás, começam a aderir aos protestos em solidariedade aos gaúchos e contra a política federal que consideram hostil ao campo. A possibilidade de uma greve nacional do agro está sendo discutida por entidades do setor.
O projeto Campo Mais Seguro, promovido por governos estaduais e municipais, contrasta com o vácuo deixado por Brasília. Enquanto o governo federal fala em sustentabilidade, o campo clama por sobrevivência.
Se o campo parar, o Brasil sente. A indiferença do governo Lula diante da maior crise rural dos últimos anos pode não apenas paralisar a produção agrícola, mas também acirrar a crise econômica nacional — com efeitos diretos na mesa do consumidor e na estabilidade das cadeias produtivas.
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