O Oriente Médio entrou em alerta máximo nesta quarta-feira (18), após o governo do Irã lançar uma ameaça direta aos Estados Unidos: qualquer envolvimento americano no conflito com Israel resultará em uma “guerra total”. A declaração foi feita pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei, em entrevista à emissora Al Jazeera.
“Qualquer intervenção americana seria uma receita para uma guerra total na região”, afirmou Baghaei, sem entrar em detalhes, mas ecoando o crescente clima de hostilidade que domina a região.
Segundo fontes do jornal The New York Times, o Irã já estaria preparando mísseis para atacar bases militares dos EUA em países vizinhos, com foco inicial no Iraque — o que eleva significativamente o risco de um confronto direto entre Washington e Teerã.
Khamenei reage a Trump
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, reforçou o tom agressivo ao afirmar que os EUA sofreriam “danos irreparáveis” caso optem por intervir militarmente. Em pronunciamento transmitido pela mídia estatal, Khamenei criticou diretamente o ex-presidente Donald Trump, que no dia anterior publicou uma ameaça velada em sua rede Truth Social:
“Sabemos exatamente onde o chamado ‘Líder Supremo’ está escondido... Mas não vamos eliminá-lo — pelo menos por enquanto”, escreveu Trump, num recado que muitos interpretaram como uma provocação estratégica.
Israel ataca Teerã; Irã revida
O conflito atingiu novo patamar nas últimas 24 horas. Na madrugada de quarta-feira, cerca de 50 caças israelenses bombardearam 20 alvos em Teerã, incluindo locais suspeitos de desenvolver tecnologia de mísseis. O ataque causou forte impacto político e psicológico dentro do Irã.
Em resposta, o regime iraniano lançou uma série limitada de mísseis contra o território israelense, dando início a um perigoso ciclo de retaliações. O bloqueio do Estreito de Ormuz, um ponto estratégico para o comércio global de petróleo, também voltou ao radar como possível carta iraniana para pressionar os EUA.
Risco global
A escalada entre Irã, Israel e EUA coloca o mundo em alerta quanto à possibilidade de um conflito generalizado no Oriente Médio. A retórica agressiva, os bombardeios cruzados e as ameaças de mísseis indicam que o cenário pode evoluir para uma guerra de grandes proporções, com impacto direto sobre mercados internacionais, diplomacia global e estabilidade política na região.
A tensão cresce, e o mundo observa — com preocupação — o avanço de uma crise que pode ultrapassar todas as linhas vermelhas.
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