Banner Acima Menu INTERNAS

.

Nem todo imposto é ruim: Míriam Leitão defende taxação do agro e causa revolta nas redes!

 
A jornalista Míriam Leitão reacendeu o debate sobre política tributária ao sair em defesa da proposta do governo Lula de taxar as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA), atualmente isentas de Imposto de Renda para pessoas físicas. Em comentário na rádio CBN na última terça-feira (10), Míriam afirmou que “nem todo aumento de imposto é ruim”, gerando forte repercussão negativa entre investidores e representantes do agronegócio e da construção civil.
Segundo ela, a proposta do governo segue a mesma linha da recente taxação de fundos exclusivos e investimentos offshore — iniciativas apresentadas como medidas para corrigir distorções históricas do sistema tributário brasileiro. “Será que uma aplicação financeira pode não pagar imposto? Não faz sentido um instrumento financeiro que não paga nenhum imposto”, argumentou a jornalista.
A proposta do Executivo prevê uma alíquota de 5% sobre os rendimentos de LCIs e LCAs, em substituição a um eventual aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que não avançou no Congresso. O governo sustenta que a medida visa ampliar a base de arrecadação e corrigir benefícios considerados desproporcionais.
Atualmente, as LCIs e LCAs são mecanismos usados para fomentar o crédito nos setores imobiliário e do agronegócio, atraindo principalmente pequenos e médios investidores por conta da isenção tributária. Com a possível taxação, especialistas alertam para impactos negativos no volume de recursos captados por instituições financeiras para essas áreas.
Entidades do setor produtivo têm se manifestado com veemência contra a proposta. Para representantes do agronegócio, a medida pode encarecer o crédito rural e afetar diretamente a produção de alimentos, enquanto o setor da construção civil teme um aumento no custo dos financiamentos imobiliários, dificultando o acesso à casa própria para a população de renda média e baixa.
A declaração de Míriam Leitão foi rapidamente repercutida nas redes sociais, onde recebeu críticas por parte de economistas liberais, produtores e até investidores individuais, que apontam um descompasso entre a proposta do governo e a necessidade de estimular o crescimento econômico por meio da desburocratização e incentivo ao crédito.
Apesar da resistência, o governo Lula mantém a defesa da proposta como instrumento de justiça fiscal, apostando na retórica de combate a “privilégios tributários”. O tema deve ser discutido nos próximos meses no Congresso, com forte mobilização tanto da base governista quanto da oposição e do setor produtivo.

Postar um comentário

0 Comentários