O empresário Ricardo Faria, conhecido como o “rei do ovo”, fez duras críticas ao ambiente de negócios no Brasil e apontou os programas sociais, como o Bolsa Família, como obstáculos à contratação de mão de obra. Segundo ele, há uma “dependência” do benefício por parte de muitos brasileiros, o que dificulta a formalização de empregos.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, Faria afirmou que o Brasil “virou um desastre para contratar” e que muitas pessoas estão “presas no programa”, recusando oportunidades de trabalho formal. Ele também comparou operar no Brasil a “remar rio acima com cobra e jacaré”, enquanto nos EUA, onde também atua, é “remar morro abaixo”.
Além da crítica aos programas sociais, o empresário condenou a burocracia, a carga tributária e a insegurança jurídica no país, sugerindo que juízes anulam decisões de parlamentares eleitos. Segundo ele, isso desvaloriza o voto popular e desestimula o investimento.
O caso reacende o debate sobre os efeitos colaterais dos programas de transferência de renda. Enquanto promovem inclusão social, empresários apontam que, em alguns contextos, os benefícios desestimulam o emprego formal e dificultam a qualificação da mão de obra. O impasse destaca a urgência de reformas que equilibrem proteção social e incentivo à produtividade.
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