O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, declarou nesta quarta-feira (18) que as Forças Armadas norte-americanas estão prontas para cumprir qualquer ordem do presidente Donald Trump em relação ao Irã. A afirmação, feita durante audiência no Comitê de Serviços Armados do Senado, reforça os sinais de tensão crescente no Oriente Médio e indica que Washington já possui estratégias militares traçadas, caso opte por uma ofensiva contra o regime iraniano.
Apesar de evitar confirmar explicitamente a existência de planos de ataque específicos, Hegseth deixou claro que os militares estão preparados e monitorando os desdobramentos com atenção. Segundo ele, “o Departamento de Defesa está pronto com todas as opções necessárias — exatamente como deve ser”.
A fala ocorre em meio ao avanço dos ataques israelenses, que já chegam ao sexto dia. Hegseth também responsabilizou o Irã por não ter aproveitado as oportunidades de firmar um novo acordo nuclear proposto pelo governo Trump, antes da escalada do conflito. “Eles deveriam ter feito um acordo. A palavra do presidente Trump significa algo. O mundo entende isso”, afirmou o secretário.
Trump evita confirmar ataque, mas eleva tensão
No mesmo dia, Trump evitou responder diretamente se pretende autorizar um ataque contra o Irã ou suas instalações nucleares. Durante pronunciamento na Casa Branca, o ex-presidente — e possível candidato nas eleições de 2024 — limitou-se a dizer que “ninguém sabe o que eu vou fazer”, indicando que pretende manter o fator surpresa em sua estratégia.
Segundo Trump, o Irã demonstrou interesse em abrir negociações, mas afirmou que agora “é tarde demais para conversas”. Ele aproveitou a fala para criticar a fragilidade militar do país persa, classificando-o como “totalmente indefeso”, especialmente em relação à capacidade de defesa aérea.
Possível apoio direto a Israel
Fontes ligadas ao governo norte-americano confirmaram que diferentes cenários estão sendo analisados, incluindo um possível apoio direto aos bombardeios israelenses contra instalações nucleares iranianas. A estratégia busca conter a influência do Irã na região e enfraquecer seu programa nuclear, que é visto com crescente desconfiança por Washington e seus aliados.
A resistência do líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, em aceitar qualquer tipo de rendição incondicional, como exigido pelos EUA, intensifica ainda mais o impasse diplomático. Mesmo diante de sanções severas e crescente isolamento internacional, Teerã mantém uma postura desafiadora.
Dissuasão e incerteza no Oriente Médio
Hegseth afirmou que parte dos objetivos estratégicos dos EUA já foi atingida, especialmente no campo da dissuasão, mas ressaltou que os próximos dias serão decisivos. Com os ânimos cada vez mais acirrados e o Irã sob intensa pressão militar e diplomática, o mundo acompanha com apreensão os próximos passos da Casa Branca.
Enquanto isso, analistas internacionais alertam para o risco de uma escalada de conflito generalizado na região, caso os EUA optem por intervir militarmente. A sinalização clara de que os planos estão prontos — e só dependem da palavra de Trump — adiciona um novo e perigoso capítulo à já tensa relação entre Washington e Teerã.
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