O Brasil voltou a ser alvo de pressão no cenário internacional após declarações incisivas do novo secretário-geral da OTAN, Mark Rutte. Durante uma reunião com senadores norte-americanos, Rutte alertou que Brasil, China e Índia poderão ser duramente sancionados caso mantenham laços comerciais com a Rússia, especialmente no setor de petróleo e gás, enquanto o conflito na Ucrânia se arrasta.
Com um tom direto e ameaçador, o chefe da aliança militar ocidental afirmou que os países que continuam comprando combustíveis fósseis da Rússia — e, em alguns casos, revendendo-os com lucro — estarão sujeitos a sanções secundárias de até 100%. “Se esse cara em Moscou não levar as negociações de paz a sério, eu vou impor sanções secundárias”, afirmou Rutte.
O apelo de Rutte foi claro: “Se você mora em Pequim, ou em Délhi, ou é o presidente do Brasil, talvez queira analisar isso, porque pode ser muito prejudicial.” Ele ainda convocou essas lideranças a exercerem pressão direta sobre Vladimir Putin: “Por favor, liguem para Vladimir Putin e digam que ele precisa levar as negociações a sério.”
A ameaça ocorre em meio ao endurecimento da postura dos Estados Unidos. O presidente Donald Trump já anunciou o envio de novos armamentos à Ucrânia e estabeleceu um prazo de 50 dias para avanços concretos em possíveis acordos de paz. Paralelamente, os EUA também estudam impor tarifas adicionais sobre países que continuam comercializando energia russa, como parte de uma estratégia conjunta com a OTAN.
A nova pressão internacional coloca o Brasil em posição delicada: manter os interesses comerciais ou evitar um embate direto com potências ocidentais. As próximas semanas prometem ser decisivas na diplomacia brasileira, que já enfrenta um cenário externo turbulento, agravado por recentes tensões com os EUA.
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