O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu recorrer à cadeia nacional de rádio e televisão para manifestar apoio ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após o magistrado ser alvo de sanções por parte do governo norte-americano.
A medida anunciada por Lula surge em resposta direta à inclusão de Moraes na lista da Lei Magnitsky pelos Estados Unidos, que o acusam de envolvimento em violações de direitos humanos. O governo brasileiro classificou a decisão como uma interferência inaceitável em assuntos internos do país.
Fontes do Palácio do Planalto revelaram que Lula considerou o episódio um ataque à soberania nacional e quer usar o espaço de mídia para defender publicamente o Judiciário brasileiro. De acordo com um auxiliar próximo, o presidente acredita que é necessário "dar respaldo institucional ao Supremo diante de uma tentativa de constrangimento externo".
O discurso ainda não foi gravado, mas já está em preparação, com expectativa de ir ao ar nos próximos dias. Será o segundo pronunciamento oficial de Lula em rede nacional em menos de um mês — o primeiro foi motivado pelas tarifas de importação impostas pelo ex-presidente Donald Trump a produtos brasileiros.
O gesto, visto como um movimento político estratégico, visa consolidar apoio interno ao STF e colocar em xeque a legitimidade das sanções impostas por Washington. No entanto, a medida também levanta críticas por parecer uma tentativa de blindagem institucional em meio ao crescente desconforto internacional com decisões do Judiciário brasileiro.
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