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“O Brasil tem sangue nas mãos”: diz embaixador dos EUA na OTAN ao culpar país por mortes na Ucrânia

Em uma declaração que acirra ainda mais o clima diplomático, o embaixador dos Estados Unidos na OTAN, Matthew Whitaker, afirmou nesta quinta-feira (17) que países como Brasil, China e Índia compartilham responsabilidade pela morte de civis na Ucrânia, ao continuarem comprando petróleo e gás da Rússia, mesmo com a guerra já se arrastando por mais de três anos.
“Todos os dias assistimos a ataques contra civis ucranianos. Mas tudo isso só é possível porque China, Índia e Brasil financiam a máquina de guerra russa comprando seu petróleo. Eles poderiam acabar com isso”, disse Whitaker, durante entrevista em Bruxelas.
A fala, considerada um ataque diplomático direto, gerou repercussão entre analistas internacionais e pode acirrar ainda mais a tensão entre o Brasil e os Estados Unidos. Whitaker também destacou que o presidente Donald Trump estaria “frustrado não só com a Rússia, mas com os países que compram energia no mercado paralelo russo”.

Petróleo russo no centro da guerra econômica
A crítica faz parte de uma nova estratégia americana de ampliar a pressão global contra a Rússia e seus parceiros comerciais. Ao vincular diretamente as mortes de civis à compra de petróleo, os EUA buscam isolar economicamente Moscou — mesmo que isso implique atacar grandes economias emergentes como o Brasil.
Segundo Washington, ao manter negócios com a Rússia, esses países estariam financiando o conflito indiretamente, ao mesmo tempo em que se beneficiam de energia mais barata.

Trump aumenta o cerco com sanções e armas
Na mesma semana, Trump anunciou o envio de novas armas à Ucrânia, que serão pagas pelos aliados europeus da OTAN. Além disso, ameaçou impor tarifas de 100% contra a Rússia e sanções secundárias a qualquer país que mantenha relações comerciais com Moscou, caso não haja um acordo de paz nos próximos 50 dias.
O embaixador Whitaker negou que o envio de armamentos signifique prolongar o conflito, dizendo que a intenção é “forçar um cessar-fogo e criar as condições para uma paz duradoura”.
A ofensiva diplomática coloca o Brasil em uma posição delicada: manter sua autonomia nas relações exteriores ou ceder à pressão ocidental sob risco de retaliações econômicas severas.


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