O ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), está considerando antecipar sua saída da Corte, conforme apurado pelo portal Poder360. A movimentação ocorre em meio a um ambiente de crescente tensão nos bastidores do STF, marcado por disputas internas e pelo enfraquecimento da coesão institucional.
Barroso, que deixará a presidência do tribunal em setembro — quando será substituído por Edson Fachin —, estaria incomodado com a concentração de poder nas mãos de Alexandre de Moraes, relator de processos sensíveis como os inquéritos relacionados aos atos de 8 de janeiro. A insatisfação de Barroso reflete também o isolamento percebido dentro da Corte, principalmente com a futura composição da 2ª Turma, da qual fará parte após deixar a presidência.
Outro fator que pode pesar na decisão do ministro é a tensão diplomática com os Estados Unidos. Barroso mantém vínculos acadêmicos com instituições norte-americanas, como Harvard, e possui residência declarada em Miami. No entanto, fontes afirmam que seu visto teria sido revogado em meio à deterioração das relações entre o governo americano e membros do Judiciário brasileiro.
A possível saída de Barroso anteciparia a necessidade de uma nova nomeação ao STF por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já indicou Cristiano Zanin e Flávio Dino à Corte. Caso se concretize, será a terceira nomeação de Lula nesta gestão, ampliando sua influência na composição do tribunal.
A situação lança luz sobre um momento delicado do Supremo Tribunal Federal, onde disputas internas, embates políticos e pressões externas colocam em xeque o equilíbrio institucional da mais alta instância do Judiciário brasileiro.
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