As recentes medidas judiciais contra Jair Bolsonaro provocaram um terremoto político dentro do próprio Partido Liberal (PL). Após a prisão domiciliar do ex-presidente, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) protagonizou uma crítica pública à liderança da sigla.
Gayer reagiu com indignação à nota emitida por Valdemar Costa Neto, presidente do PL, que expressava apenas um vago descontentamento com a decisão judicial. “Estou inconformado!!!!! O que mais posso dizer?”, escreveu Valdemar. A resposta do deputado foi direta: “Que nota mais imbecil é essa? Pelo amor de Deus”.
A declaração de Gayer expõe um racha interno sobre como o partido deve agir diante do cerco jurídico que se fecha em torno de Bolsonaro. O ex-presidente passou a cumprir prisão domiciliar após decisão que também resultou em busca e apreensão e na apreensão de seu celular. Ele já estava monitorado por tornozeleira eletrônica desde 18 de julho, em razão de uma operação autorizada pelo STF.
Segundo Moraes, Bolsonaro teria usado as redes sociais de aliados e familiares para disseminar conteúdo que instigaria ataques ao STF e incentivaria a interferência de governos estrangeiros no sistema judiciário brasileiro. O ministro alertou que qualquer descumprimento das restrições poderá levar à prisão preventiva do ex-presidente.
O caso ganhou repercussão internacional. O Departamento de Assuntos do Hemisfério Ocidental dos EUA publicou uma crítica severa à decisão, chamando Moraes de “violador de direitos humanos” e acusando o Brasil de comprometer a estabilidade democrática. A tensão diplomática se agravou após o presidente Donald Trump solicitar oficialmente a suspensão do julgamento de Bolsonaro — pedido que foi ignorado. Em retaliação, os EUA impuseram novas tarifas a produtos brasileiros.

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