A crise dos reféns em Gaza ganhou novos contornos após a divulgação de vídeos por parte dos grupos terroristas Hamas e Jihad Islâmica, que mostram dois israelenses em condições físicas e psicológicas críticas. As imagens geraram comoção dentro de Israel e intensificaram a pressão sobre o governo de Benjamin Netanyahu para alcançar um acordo que viabilize a libertação dos sequestrados.
Em resposta, o gabinete do primeiro-ministro informou que Netanyahu entrou em contato com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), solicitando auxílio humanitário urgente — incluindo alimentos e atendimento médico — para os reféns mantidos em cativeiro desde os ataques terroristas de outubro de 2023.
O Hamas, por sua vez, respondeu dizendo que aceita a mediação da Cruz Vermelha, mas impôs uma condição: a abertura de corredores humanitários para entrada de comida e remédios na Faixa de Gaza. O grupo declarou que os reféns “receberão exatamente o mesmo tratamento do restante da população” enquanto o bloqueio continuar.
A Cruz Vermelha demonstrou preocupação com a situação e declarou estar “profundamente consternada” com as imagens dos reféns, destacando que “essa tragédia precisa chegar ao fim”.
Enquanto isso, a população israelense pressiona o governo por soluções. No último sábado (2), milhares de pessoas saíram às ruas em Tel Aviv em apoio às famílias dos sequestrados, cobrando ações imediatas. O governo israelense, por sua vez, responsabiliza o Hamas pela grave crise humanitária na região, acusando o grupo de bloquear deliberadamente a ajuda e de utilizar os civis como escudo.
Segundo autoridades israelenses, dos cerca de 250 reféns levados por terroristas em 2023, 49 ainda permanecem sob poder do Hamas, sendo que 27 já são considerados mortos pelo Exército de Israel. A escalada do conflito coloca a diplomacia internacional em alerta, enquanto o sofrimento de civis — tanto em Gaza quanto em Israel — se intensifica.

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