Durante sua participação no 17º Encontro Nacional do PT, realizado neste domingo (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um forte apelo à militância e aos líderes partidários sobre a importância de eleger uma maioria no Senado nas eleições de 2026. Segundo ele, a correlação de forças na Casa pode pender para a direita, o que traria dificuldades políticas significativas ao governo.
Atualmente, a direita conta com 25 senadores. Lula advertiu que, caso consiga eleger mais 17 parlamentares, a oposição poderá conquistar maioria absoluta no Senado, com 41 das 81 cadeiras. “Nós precisamos agora fazer uma eleição em 2026 e eleger uma maioria de senadores. Os nossos senadores estão quase todos em busca da reeleição. Eles, não. Eles já têm 25. Se elegerem mais 17, fazem maioria”, alertou o presidente.
O discurso de Lula também teve críticas à forma como algumas candidaturas são lançadas dentro do partido, sem consenso. Ele criticou decisões unilaterais de filiados que se declaram candidatos sem passar por discussão interna. “Aqui tem uma coisa engraçada: o cara se autodetermina candidato e depois impõe ao partido. Isso vale para vereador, deputado estadual, para tudo”, disse ele, defendendo que a definição de candidaturas e alianças deve ser conduzida institucionalmente pelo partido.
Não é a primeira vez que Lula manifesta preocupação com a composição do Senado. Em junho, o presidente já havia argumentado que ampliar a bancada de esquerda seria essencial para barrar projetos que, segundo ele, visam enfraquecer o Supremo Tribunal Federal (STF) e desestabilizar o sistema democrático.
Em 2026, estarão em disputa 54 das 81 cadeiras do Senado — o equivalente a dois terços da Casa. A oposição, liderada por Jair Bolsonaro (PL), também se articula para conquistar maioria e aumentar sua capacidade de influência sobre o Congresso.

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