O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, divulgou nesta sexta-feira (22) um balanço que acendeu o sinal de alerta no setor agroexportador brasileiro. Em meio às incertezas provocadas pelo tarifaço dos EUA contra o Brasil e pelos embargos após um caso de gripe aviária no Rio Grande do Sul, as perspectivas para a carne de frango em 2025 não são otimistas: a projeção aponta queda de até 2% nas exportações, que podem somar 5,2 milhões de toneladas.
Por outro lado, há um ponto positivo que surpreendeu o mercado: o recorde histórico das exportações de ovos. Impulsionada pela demanda norte-americana, que enfrenta forte impacto da gripe aviária em sua produção local, a venda externa brasileira saltou 116,6% no acumulado de janeiro a julho, alcançando 18.976 toneladas e movimentando US$ 41 milhões.
Na suinocultura, o panorama é ainda mais animador. A produção nacional pode chegar a 6 milhões de toneladas em 2025, com forte expansão das exportações. Esse desempenho reforça o papel do Brasil como líder global em proteína animal, mesmo diante dos desafios geopolíticos e sanitários.
Especialistas apontam que a diversificação da pauta exportadora, com a valorização de ovos e carne suína, será fundamental para minimizar os impactos da queda no frango e manter a confiança internacional na produção brasileira.
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