Pesquisa inédita no DF amplia diagnóstico da violência doméstica e fortalece políticas de proteção às mulheres
No mês do Agosto Lilás, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) anunciou um avanço significativo no enfrentamento à violência contra a mulher: a Pesquisa Distrital de Segurança Pública 2025 traz, pela primeira vez, um bloco exclusivo voltado às mulheres, com perguntas sobre os diferentes tipos de agressão — física, psicológica, patrimonial, sexual e moral.
O objetivo é dar voz às mulheres e ampliar o diagnóstico sobre a violência doméstica e de gênero no DF, a fim de fortalecer as políticas de proteção e acolhimento. A entrevista permitirá que as participantes relatem experiências próprias ou de pessoas próximas, contribuindo para a compreensão real da dimensão do problema.
Segundo o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, a iniciativa representa uma escuta qualificada:
“Todas as nossas iniciativas e programas são construídos de forma integrada e participativa. Esses dados poderão auxiliar toda a rede de atendimento e proteção à mulher. Nosso objetivo é o mesmo: proteger vidas e combater a violência contra a mulher.”
O subsecretário de Gestão da Informação, George Couto, reforçou o caráter inovador da pesquisa ao incluir perguntas específicas para mulheres, destacando que a medida “avança nos diagnósticos para compreender as diferentes formas de violência de gênero, muitas vezes invisíveis nas estatísticas tradicionais”.
As informações coletadas subsidiarão tanto a atuação das forças de segurança quanto a de órgãos do sistema de justiça. Também servirão de base para a Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios (CTMHF), que já identificou que cerca de 70% das vítimas de feminicídio no DF nunca haviam registrado ocorrência contra os agressores.
Outros programas, como o Viva Flor e o monitoramento por meio do Dispositivo de Proteção de Pessoas (DPP), também poderão se beneficiar dos dados levantados, ajudando a enfrentar a subnotificação de casos — um dos principais desafios no combate à violência doméstica.
Para a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, o estudo é essencial:
“Ao incluir um bloco exclusivo sobre violência doméstica, teremos dados valiosos para fortalecer a rede de proteção, orientar estratégias de prevenção e garantir que cada mulher tenha acesso à segurança, à dignidade e ao acolhimento que merece.”
Com essa iniciativa, o Distrito Federal busca oferecer um retrato mais fiel da realidade da violência de gênero, possibilitando políticas públicas mais efetivas e direcionadas.

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