Os Correios registraram um prejuízo líquido de R$ 4,37 bilhões no primeiro semestre de 2024, número quase três vezes maior do que o déficit contabilizado no mesmo período do ano anterior, de R$ 1,35 bilhão. O resultado acendeu um alerta no governo e reacendeu o debate sobre a viabilidade do modelo atual da empresa.
A piora nas contas já havia sido antecipada no primeiro trimestre, quando a estatal acumulou R$ 1,7 bilhão em perdas e indicou ao Planalto a necessidade de possível apoio financeiro da União. Entre abril e junho, o déficit cresceu ainda mais, atingindo R$ 2,64 bilhões.
Um dos fatores que mais impactaram o resultado foi o aumento expressivo das despesas administrativas e gerais, que saltaram de R$ 1,959 bilhão em 2023 para R$ 3,414 bilhões em 2024.
O cenário crítico levou o então presidente da empresa, Fabiano Silva dos Santos, a apresentar sua carta de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início de julho.
Diante desse quadro, especialistas e membros do governo discutem a necessidade de reestruturação profunda da estatal ou até mesmo um aporte emergencial do Tesouro Nacional para evitar um colapso.
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