O Partido Liberal (PL), hoje a maior bancada da Câmara dos Deputados, atravessa uma crise sem precedentes. Deputados ligados a Jair Bolsonaro, entre eles Eduardo Bolsonaro (SP) e Nikolas Ferreira (MG), articulam a saída da legenda na próxima janela partidária. Estima-se que cerca de 26 parlamentares devam acompanhar.
O estopim para o rompimento foi a declaração de Valdemar insinuando que Eduardo Bolsonaro buscava recursos para se manter nos Estados Unidos — acusação rejeitada pelo deputado, que respondeu dizendo querer apenas “distância” do dirigente. A polêmica se soma a outros episódios de desgaste, como a divulgação de informações contraditórias e até de conversas privadas com o ex-presidente Jair Bolsonaro à grande imprensa.
Caso a debandada se confirme, analistas avaliam que o PL poderá perder até 75 dos atuais 88 deputados, provocando um efeito dominó capaz de redesenhar a correlação de forças no Congresso. O Partido Novo surge como principal destino dos parlamentares, por já reunir nomes de destaque da direita, como Ricardo Salles, Romeu Zema, Marcel Van Hattem e Desembargador Sebastião Coelho. Jeffrey Chiquini, ja está construindo a articulação do Novo para trazer os Players do PL.
Nos bastidores, deputados apontam que a movimentação deve obrigar Valdemar Costa Neto a agir rapidamente para evitar o esvaziamento da legenda até final de fevereiro de 2026, prazo em que a janela partidária se abrirá. Se confirmada, a ruptura abrirá espaço para a formação de uma nova bancada fortemente alinhada ao bolsonarismo, enfraquecendo o PL e remodelando o tabuleiro da direita no país.
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