O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem afirmando dificuldades de diálogo com os Estados Unidos para tratar das tarifas impostas a produtos brasileiros. Contudo, fontes diplomáticas indicam que Lula optou por não comparecer a um convite formal de Donald Trump para reunião — uma atitude que surpreendeu o meio político.
A oportunidade poderia ter servido como trégua nas tensões comerciais. Desde abril de 2025, os EUA impuseram tarifas escalonadas sobre exportações brasileiras, atingindo alíquotas de até 50% em alguns casos.
Para empresários do setor exportador, especialmente aqueles que dependem diretamente do mercado americano, o gesto passou a ser visto como escolha política que prioriza ideologia em vez da sobrevivência econômica. Com tarifas elevadas, muitos já relatam dificuldades de manter contratos ou enfrentar a concorrência externa.
Críticos afirmam que, ao evitar o encontro, o governo mostra que quanto maior o prejuízo para o Brasil, melhor — traçando um pano de fundo de que ideologia prevalece sobre pragmatismo. Por outro lado, defensores de Lula destacam que, mesmo diante das tarifas, o governo lançou medidas de apoio às exportações brasileiras, como créditos para compensar perdas.
A decisão de não comparecer ao convite de Trump pode entrar para os casos mais simbólicos da diplomacia brasileira recente — em um momento em que negociações bem posicionadas poderiam aliviar a pressão sobre setor produtivo nacional.
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