As estatais federais registraram o maior prejuízo da história, expondo falhas de gestão, ingerência política e falta de transparência na administração dessas empresas durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com dados do Banco Central, o déficit acumulado em 12 meses até julho chegou a R$ 8,83 bilhões, um aumento de quase 25% em relação ao resultado negativo de 2023, que já havia sido recorde, de R$ 6,73 bilhões. É o pior desempenho desde o início da série histórica, em 2002.
Os números não incluem Petrobras — que segue regras de governança de mercado — nem a Eletrobras, privatizada em 2022. O resultado contrasta com os superávits obtidos a partir de 2018, ainda no governo Michel Temer, quando as empresas fecharam o ano com saldo positivo de R$ 3,47 bilhões. O auge ocorreu em 2019, com superávit de R$ 10,29 bilhões, e o último ano no azul foi 2022, encerrando a gestão Jair Bolsonaro com R$ 4,75 bilhões de saldo positivo.
Em 2023, a trajetória mudou, com déficit de R$ 656 milhões, e vem se agravando desde então. O governo argumenta que o resultado reflete investimentos de longo prazo, mas economistas criticam a explicação, alegando que os aportes feitos para saneamento financeiro nas gestões anteriores foram consumidos sem gerar o retorno prometido.
Para analistas, o rombo histórico evidencia um retrocesso no equilíbrio fiscal das empresas estatais e reacende o debate sobre o risco de uso político dessas companhias.

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