O ex-presidente Michel Temer (MDB) afirmou nesta segunda-feira (22) que a proposta de redução de penas para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e demais condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 precisa ser reavaliada diante do novo cenário político internacional, marcado pelas recentes sanções impostas pelos Estados Unidos a brasileiros, entre eles a advogada Viviane Barci, esposa do ministro do STF Alexandre de Moraes.
“Realmente, esse último gesto foi bastante agressivo. Modifica um pouco as coisas. Da forma como o Paulinho da Força e o presidente da Câmara, Hugo Motta, estavam conduzindo, as coisas estavam caminhando bem. Acho que, neste momento, é preciso repensar um pouco”, declarou Temer em entrevista à GloboNews durante evento para investidores em São Paulo.
Temer, que tem atuado como conselheiro de Paulinho da Força (Solidariedade-SP) na construção do projeto, já havia sinalizado à jornalista Malu Gaspar que seria necessário “repensar tudo de novo” e reforçou que ainda não há uma solução pronta:
“Não saberia dizer neste momento qual o melhor caminho, mas se for chamado, darei meus palpites.”
Na semana passada, Temer participou de reunião com Aécio Neves (PSDB) e Paulinho para tratar do projeto, que busca beneficiar condenados por suposta tentativa de golpe e participação nos atos de 8 de janeiro.
As declarações do ex-presidente refletem o impacto político das sanções americanas, que aumentaram a tensão diplomática e colocaram pressão sobre o Congresso na condução do debate sobre anistia ou revisão de penas.
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