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Rio em guerra: megaoperação contra o Comando Vermelho deixa 20 mortos e expõe poder paralelo nas comunidades

 
Uma megaoperação policial deflagrada nesta terça-feira (28) no Complexo do Alemão e na Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro, terminou com 20 mortos — sendo 18 criminosos e dois policiais — e 25 prisões. A ação, batizada de “Operação Contenção”, teve como principal objetivo conter a expansão territorial do Comando Vermelho (CV) e capturar lideranças da facção.
Segundo o governo estadual, mais de 2 mil agentes das polícias Civil e Militar participaram da ofensiva, que foi classificada como a maior operação de segurança da história do Rio. Os policiais cumpriram 100 mandados de prisão, sendo 30 deles contra criminosos de outros estados que estariam escondidos em comunidades cariocas.

Cenário de guerra urbana
Durante a madrugada e a manhã desta terça-feira, moradores relataram intensos confrontos armados, barricadas e ruas bloqueadas. Imagens exibidas pela imprensa mostraram colunas de fumaça, tiroteios e viaturas em deslocamento tático — cenas que remetem a um verdadeiro cenário de guerra urbana.
Três moradores foram baleados por balas perdidas e socorridos ao Hospital Getúlio Vargas. Uma das vítimas, atingida de raspão enquanto se exercitava, já recebeu alta.

Alvos prioritários e plano de segurança
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, os alvos da operação eram traficantes ligados à cúpula do Comando Vermelho com atuação interestadual. O plano faz parte de uma estratégia de enfrentamento ao crime organizado, com integração entre inteligência policial, logística e operações simultâneas em vários pontos da cidade.
A Zona Norte do Rio permanece em estado de alerta, com reforço de efetivo e bloqueios em pontos estratégicos para dificultar rotas de fuga e impedir retaliações da facção.

Repercussão
O governador Cláudio Castro declarou que a operação foi “dura, mas necessária” para combater organizações criminosas que atuam no território fluminense:
“O Estado não pode se curvar ao poder paralelo. Esta foi uma das maiores ações já realizadas no Rio, e nosso objetivo é retomar territórios dominados pelo crime.”
Especialistas em segurança pública avaliam que a ofensiva mostra o aumento da complexidade do enfrentamento ao tráfico no Rio, que hoje envolve facções fortemente armadas e redes de apoio interestaduais.

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