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Câmara aprova o PL Antifacção e impõe o maior cerco já visto às facções criminosas no Brasil

 
A Câmara dos Deputados aprovou, por ampla maioria, o PL Antifacção, projeto capitaneado pelo deputado Capitão Derrite e considerado o marco mais duro já proposto contra facções criminosas no país. A votação foi tensa, com críticas de setores do governo Lula, como a ministra Gleisi Hoffmann, que chegou a dizer que a proposta “dificulta o combate às facções” — opinião que não encontrou eco nem entre parlamentares nem entre especialistas em segurança pública.
O texto aprovado reorganiza completamente o enfrentamento ao crime organizado, hoje fragmentado em diferentes leis, e cria um marco legal específico para grupos ultraviolentos, milícias e organizações paramilitares.

O que muda com o PL Antifacção?
1. Tipificação inédita para facções
Pela primeira vez, grupos que usam explosivos, drones, armas pesadas, domínio territorial e ataques coordenados passam a ter enquadramento próprio. A lei deixa claro quem é facção — e reduz brechas jurídicas exploradas por criminosos.

2. Penas muito mais severas
A nova legislação endurece como nunca as condenações:
Organização ultraviolenta: 20 a 40 anos
Líderes podem chegar a 66 anos
Homicídio ligado à facção: 20 a 40 anos
Roubo: 12 a 30 anos
Latrocínio: 20 a 40 anos
Extorsão: pena triplicada
Todos passam a ser crimes hediondos, sem anistia, indulto ou liberdade provisória.

3. Progressão de pena quase impossível
Criminosos terão de cumprir 70% a 85% da pena para progredir — medida que atinge diretamente chefes e operadores que hoje conseguem liberdade em pouco tempo.
Lideranças serão enviadas automaticamente a presídios federais, com vigilância reforçada.

4. Confisco rápido e abrangente
O Estado poderá bloquear bens ainda na investigação, sem precisar esperar condenação.
Vale para:
  • imóveis
  • dinheiro
  • empresas
  • participação societária
  • criptomoedas
O patrimônio recuperado pode ser usado por União, estados e DF.

5. Intervenção e afastamento de sócios
Empresas usadas por facções poderão ter interventores nomeados pela Justiça, com poder para afastar sócios, suspender contratos e liquidar negócios contaminados.
Apesar de resistências do Planalto e da Polícia Federal — que teme perder parte de recursos confiscados — o projeto avançou com força política. Agora, segue para o Senado, onde o relator Alessandro Vieira tenta manter equilíbrio entre governo e oposição.
Para Derrite, o objetivo é claro: unificar leis, endurecer punições e atacar o coração financeiro das facções, que transformaram violência, explosões e lavagem de dinheiro em operações rotineiras no país.
O Brasil entra, assim, em uma nova fase do combate ao crime organizado — mais firme, mais direta e com menos brechas para quem lucra com o terror.

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