A tradicional fabricante brasileira de meias e roupas íntimas Lupo inaugurou sua primeira fábrica fora do país, em Ciudad del Este, Paraguai, e deixou claro que tal movimento não se deu apenas por expansão — mas por imposição do ambiente de negócios brasileiro. Em entrevista, a CEO da Lupo, Liliana Aufiero, afirmou: “Não é que a Lupo foi para o Paraguai, o Brasil empurrou a gente para o Paraguai.”
Segundo Aufiero, os custos operacionais no Paraguai são pelo menos 28% menores do que no Brasil — decorrentes de carga tributária mais baixa, menor custo energético e mão de obra mais acessível.
A nova unidade da Lupo faz parte de uma estratégia para reduzir despesas, ampliar competitividade e preservar seu espaço diante da forte concorrência de importações e de custos internos elevados. Em números, o investimento declarado foi de R$ 30 milhões para a planta paraguaia, com capacidade estimada de produzir até 20 milhões de pares de meias por ano.
A empresa ainda aponta que o mercado brasileiro importa mais da metade das meias fabricadas nacionalmente — cerca de 52% — o que pressiona a cadeia produtiva doméstica.
Para especialistas em indústria têxtil, o movimento da Lupo evidencia um fenômeno mais amplo: a evasão industrial brasileira para países vizinhos com regimes mais favoráveis e “custo Brasil” persistente. Isso levanta alerta para o setor: se grandes marcas nacionais migram produção, quais serão as consequências para empregos, cadeia de fornecedores e economia regional no Brasil?
Em resumo, a decisão da Lupo representa não apenas uma mudança geográfica, mas uma mensagem clara de que, para muitas indústrias brasileiras, manter a produção com custos competitivos dentro do país tornou-se cada vez mais difícil.
Segundo Aufiero, os custos operacionais no Paraguai são pelo menos 28% menores do que no Brasil — decorrentes de carga tributária mais baixa, menor custo energético e mão de obra mais acessível.
A nova unidade da Lupo faz parte de uma estratégia para reduzir despesas, ampliar competitividade e preservar seu espaço diante da forte concorrência de importações e de custos internos elevados. Em números, o investimento declarado foi de R$ 30 milhões para a planta paraguaia, com capacidade estimada de produzir até 20 milhões de pares de meias por ano.
A empresa ainda aponta que o mercado brasileiro importa mais da metade das meias fabricadas nacionalmente — cerca de 52% — o que pressiona a cadeia produtiva doméstica.
Para especialistas em indústria têxtil, o movimento da Lupo evidencia um fenômeno mais amplo: a evasão industrial brasileira para países vizinhos com regimes mais favoráveis e “custo Brasil” persistente. Isso levanta alerta para o setor: se grandes marcas nacionais migram produção, quais serão as consequências para empregos, cadeia de fornecedores e economia regional no Brasil?
Em resumo, a decisão da Lupo representa não apenas uma mudança geográfica, mas uma mensagem clara de que, para muitas indústrias brasileiras, manter a produção com custos competitivos dentro do país tornou-se cada vez mais difícil.
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