A corrida presidencial de 2026 entrou oficialmente em uma nova fase. Dados recentes do Instituto Gerp mostram um avanço expressivo do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) tanto na lembrança espontânea quanto nas intenções de voto estimuladas e em simulações de segundo turno, acendendo o sinal de alerta no Palácio do Planalto.
Avanço expressivo na lembrança espontânea
Um dos indicadores mais relevantes da pesquisa é o crescimento de Flávio Bolsonaro na intenção de voto espontânea — quando o eleitor responde sem qualquer estímulo de nomes.
Segundo o levantamento, Flávio saltou de 0% para 7%, passando a figurar entre os três nomes mais lembrados pelos eleitores, atrás apenas de:
- Lula (26%)
- Jair Bolsonaro (12%)
O dado é considerado simbólico, já que, até pouco tempo atrás, o senador sequer era citado espontaneamente. Para analistas, esse movimento indica início de consolidação eleitoral, algo essencial em disputas presidenciais.
Crescimento sólido no primeiro turno
No cenário estimulado de primeiro turno, Flávio Bolsonaro avançou de 17% para 25%, reduzindo de forma significativa a distância em relação ao presidente Lula, que aparece com 34%.
Mais do que crescer, Flávio se distanciou claramente dos demais nomes do campo conservador:
- Ratinho Jr: 8%
- Ciro Gomes: 7%
- Ronaldo Caiado: 6%
- Romeu Zema: 4%
- Pablo Marçal: 4%
O resultado reforça a leitura de que o eleitorado conservador começa a migrar para um nome mais viável eleitoralmente, abandonando a dispersão que marcava os cenários anteriores.
Segundo turno inédito: Flávio à frente de Lula
O dado mais sensível da pesquisa aparece na simulação de segundo turno. Pela primeira vez na série histórica do instituto, um dos filhos de Jair Bolsonaro supera numericamente Lula:
- Flávio Bolsonaro: 42%
- Lula: 41%
Embora o cenário ainda configure empate técnico, o simbolismo é forte. O resultado preocupa o governo, pois sinaliza uma virada de tendência e quebra a estabilidade que Lula mantinha desde o início do mandato.
Rejeição ao governo sobe
O crescimento de Flávio ocorre em paralelo ao aumento da rejeição ao governo federal. A avaliação negativa (ruim/péssimo) de Lula subiu de 49% para 51%, indicando desgaste contínuo da gestão.
Segmentos do eleitorado que permaneciam relativamente estáveis desde 2022 agora demonstram maior volatilidade, especialmente diante da emergência de um novo nome competitivo no campo da oposição.
Novo protagonista da direita
Na avaliação do Instituto Gerp, os números indicam que a eleição de 2026 deixa de ser uma disputa previsível e passa a um cenário de competição real.
Flávio Bolsonaro assume protagonismo no campo conservador, tornando-se, até o momento, o principal adversário de Lula e o nome em torno do qual a direita começa a se reorganizar.
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