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Lula teme “CONTA ALTA” dos EUA após tarifaço e sanções contra Moraes entram no radar das negociações!

 
O governo Lula avalia que os Estados Unidos devem exigir compensações significativas para avançar em uma segunda rodada de cortes do tarifaço imposto sobre produtos brasileiros. A análise ocorre após o anúncio de Donald Trump, feito em 20 de novembro, retirando a sobretaxa de 40% sobre parte das exportações nacionais — como carne e café.
A sinalização foi considerada positiva, mas em Brasília o entendimento é claro: nada virá de graça.

Setores brasileiros ainda sentem impacto bilionário
Com base no volume de US$ 40,4 bilhões exportados aos EUA em 2024, o governo montou uma força-tarefa para identificar os setores mais penalizados pela tarifa extra. A ordem é preparar terreno para um novo ciclo de negociações.
Nos bastidores, auxiliares de Lula afirmam que Washington deve apresentar demandas específicas para liberar novas concessões comerciais. Até agora, porém, Trump não indicou quais seriam essas contrapartidas — o que aumenta a preocupação e a margem de incerteza.

Sanções contra autoridades brasileiras entram na mesa
Além do impasse econômico, há um assunto ainda mais sensível: as sanções aplicadas pelo governo norte-americano contra autoridades brasileiras, entre elas:
  • suspensão de vistos de ministros;
  • aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.
No Planalto, a avaliação é que essas medidas se tornaram “politicamente insustentáveis” após a reaproximação diplomática entre Lula e Trump. Integrantes do governo acreditam que chegou o momento de renegociar o tema — e que ele deve entrar, direta ou indiretamente, no pacote de conversas sobre comércio.

Bolsonaro ficou de fora — mas influenciou o clima
Segundo interlocutores do governo, chegou a existir a expectativa de que a situação judicial de Jair Bolsonaro entraria na pauta bilateral. No entanto, o assunto sequer foi formalmente tratado.
O que pesou mesmo foram declarações públicas de Donald Trump. Em julho, o presidente americano afirmou que Bolsonaro deveria ser “deixado em paz”, classificando as ações contra ele como “caça às bruxas”. O gesto foi interpretado como uma mudança no clima político entre os países — algo que favoreceu o início da revisão tarifária anunciada agora.

O governo brasileiro vê espaço para avanços, mas sabe que Trump deverá apresentar uma fatura política e econômica. Tanto a revisão do tarifaço quanto a situação das sanções contra autoridades brasileiras se tornaram peças de um mesmo tabuleiro geopolítico.
Enquanto isso, empresários pressionam por rapidez e previsibilidade — e Brasília tenta equilibrar diplomacia, economia e tensões internas em um cenário cada vez mais delicado.

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