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Pré-candidatura de Flávio Bolsonaro derruba Ibovespa, dispara o dólar e acende alerta no mercado financeiro


 
A confirmação da pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República em 2026 provocou um tremor imediato no cenário econômico brasileiro nesta sexta-feira (5). Assim que a notícia foi divulgada, investidores reagiram com forte aversão ao risco, levando o dólar a disparar e o Ibovespa a sofrer uma queda acentuada.

Dólar dispara após anúncio
O dólar comercial fechou o dia cotado a R$ 5,434, salto de 2,31% — o maior avanço em semanas. Na semana, já acumula alta de 1,84%. O movimento foi abrupto:
Entre 12h45 e 15h43, logo após a divulgação do Metrópoles confirmando a pré-candidatura, a moeda norte-americana passou de R$ 5,337 para R$ 5,429.
Para analistas, o comportamento do câmbio reflete o receio de que a disputa eleitoral ganhe contornos mais radicais e imprevisíveis.

Ibovespa desaba e perde sequência de recordes
O Ibovespa, que vinha de três recordes consecutivos, virou para forte queda após a notícia. Às 17h15, o índice recuava 3,85%, sendo negociado a 158.120 pontos.
Antes do impacto político, o índice havia testado a região dos 165 mil pontos, o que representaria um novo recorde histórico.
Agora, volta a acumular queda de 0,60% na semana.

Mercado esperava Tarcísio + Michelle. Veio Flávio.
Segundo análises do setor financeiro, a reação negativa tem explicação direta:
O mercado apostava em uma chapa Tarcísio de Freitas + Michelle Bolsonaro, considerada mais competitiva, mais moderada e com maior previsibilidade institucional.
A substituição desse arranjo por Flávio Bolsonaro acendeu dúvidas sobre a viabilidade eleitoral do grupo bolsonarista e aumentou a percepção de risco político.
Flávio reforçou o clima de tensão ao afirmar nas redes sociais que não ficará “de braços cruzados” e que a democracia está “sucumbindo”.
Para investidores, mensagens desse tipo aumentam o temor de instabilidade durante o ciclo eleitoral.

Cenário econômico já estava frágil
Além da turbulência política, os mercados absorveram indicadores que reforçam uma economia mais fraca:

Brasil
PIB do 3º trimestre cresceu apenas 0,1%, com desaceleração do setor de serviços e queda no consumo das famílias.
O dado reforça a expectativa de início dos cortes de juros já em janeiro.

Estados Unidos
O PCE — indicador de inflação preferido do Federal Reserve — avançou 0,3% em setembro; no ano, alta de 2,8%, alinhada às projeções.
Sinaliza manutenção do aperto monetário por mais tempo.
Com ambos os ambientes — interno e externo — pressionados, o anúncio político funcionou como gatilho para a queda mais brusca do dia.

A pré-candidatura de Flávio Bolsonaro chega com força suficiente para reordenar o tabuleiro político — e, como visto, provocar impactos imediatos no mercado financeiro.
A mensagem dos investidores foi clara:
📌 2026 já começou — e qualquer movimento inesperado vai custar caro para os ativos brasileiros.

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