Por
Davy Albuquerque
O
Reino Unido deixará oficialmente a União Europeia no dia 31. A
expectativa de autoridades brasileiras é que o chamado Brexit possa
trazer oportunidades para o Brasil. Com o fim de benefícios para
países europeus, outros mercados podem ganhar espaço na
região.
“O
Brexit tem riscos porque mudam as regras alfandegárias, mudam as
regras tarifárias, mas tem também oportunidades potenciais porque
se abrem espaços em áreas como a agrícola, na qual somos
competitivos”, diz o ministro-conselheiro da Embaixada do Brasil no
Reino Unido, Roberto Doring.
Apesar
da saída da União Europeia, o Reino Unido passará por um período
de transição até o final de 2020, no qual seguirão valendo as
atuais regras de viagens, negócios e relações comerciais. Durante
esse período, as duas regiões vão firmar novos acordos que
passarão a reger a relação entre eles em diversos setores.
“O
Reino Unido importa, para que se tenha ideia, 50% de tudo que consome
em termos de alimentos e bebidas. Do que importam, 60% vêm da União
Europeia. Um Brexit que signifique de fato uma redução dos fluxos
de comércio entre União Europeia e Reino Unido abre espaços que
podem ser ocupados por países como o Brasil, que são competitivos
juntamente nessa área de alimentos e bebidas, no agronegócio em
geral”, destaca.
De
acordo com dados de 2018 do governo britânico, cerca de 4% dos
alimentos consumidos pelo Reino Unido vieram da América do Sul. Os
desafios de ampliar esse mercado, de acordo com Doring, são grandes
e, em cenário pós-Brexit, exigirão o conhecimento de novos
formulários, novas regras alfandegárias, entre outras questões
logísticas.
Para
ajudar o setor privado brasileiro, a embaixada lançou a
plataforma Brazil Brexit Watch, em português, Observatório
Brasileiro do Brexit que consolida informações sobre possíveis
mudanças que possam afetar o setor privado brasileiro, especialmente
os segmentos exportadores.
Com
informações, Agência Brasil.
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