A Câmara Legislativa vai se
engajar na luta dos concursados excedentes ao cargo de soldado da
Polícia Militar, a fim de sensibilizar o governo local para ampliar
as vagas e retomar a contratação de candidatos excedentes, que se
classificaram no cadastro reserva. A decisão foi anunciada por
vários deputados distritais que participaram, na tarde desta
quinta-feira (8), de comissão geral para discutir a questão,
iniciativa da deputada Celina Leão (PDT), presidente da Casa. São
cerca de dois mil candidatos excedentes que ainda aguardam as
contratações.
“Sabemos
das dificuldades financeiras, mas temos que quebrar a cabeça para
encontrar uma solução que permita as novas contratações. Temos
que fazer essa articulação política junto ao governador para
que ele possa chamar mais candidatos desse concurso, a tempo de fazer
o curso de formação e serem contratados. O interesse é de
toda a sociedade”, advertiu a deputada, sob aplausos de dezenas de
concursados que lotaram as galerias e plenário da Câmara
Legislativa.
O apelo de Celina Leão também
foi reforçado pelos distritais Reginaldo Veras (PDT), Chico Leite
(Rede), Wasny de Roure (PT), Renato Andrade (PR), Chico Vigilante
(PT) e Prof. Israel (PV), que se manifestaram em defesa do prosseguimento do concurso, a
fim de que a cidade possa reforçar o efetivo da Polícia Militar. Os
parlamentares enfatizaram que existem questões jurídicas (cláusulas
de barreira) a serem resolvidas em relação ao edital, mas
defenderam que uma decisão política pode resolver a questão, pois
não há tempo suficiente para a realização de um novo concurso a
curto prazo.
O representante do grupo de
candidatos excedentes da PMDF, Pedro Henrique Furtado, lembrou que o
DF deveria ter atualmente na tropa “pelo menos 18 mil homens, mas
só tem 14 mil e com a previsão de mais cinco mil aposentadorias até
o final de 2020, e esse número deve chegar a 9 mil, apenas”.
Segundo ressaltou, os candidatos que aguardam serem chamados para o
curso de formação “são bem preparados”, com aproveitamento
superior a 50% das questões das provas – um índice que considerou
bem elevado em relação aos concursos anteriores.
LRF-
Como
cidadão, eu também gostaria de que pudéssemos ampliar o número de
contratações para a Polícia Militar, mas precisaríamos ter
segurança jurídica para fazer isso. Temos restrições da Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF) que não nos permitem contratar novos
concursados agora, a não ser que fosse numa situação
especialíssima, conforme prevê a legislação”, alertou o
secretário-adjunto de Fazenda do DF, Fleury Teixeira.
O subsecretário enfatizou que
este ano o GDF terá que complementar os recursos para a manutenção
da segurança pública, em razão da queda da receita do governo
federal e da redução das transferências do Fundo Constitucional.
Teixeira estimou que, para o exercício de 2016, serão necessários
mais R$ 8 bilhões para cobrir o déficit. Também o assessor
jurídico do governador, Renê Rocha Filho, deu poucas esperanças
para as contratações, em razão da crise financeira que atualmente
atinge o DF e o País.
Metrô
- Durante
a comissão geral, a presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão,
permitiu que concursados do Metrô também se manifestassem em defesa
de contratações para o cargo de segurança. Candidatos criticaram o
governo por renovar a contratação de seguranças patrimoniais
terceirizados, prorrogando contratos, embora aqueles profissionais
não tenham como atribuição cuidar da segurança dos usuários, o
que estaria provocando muitos acidentes nas estações sem socorro
adequado.
FONTE:
CLDF
1 Comentários
Boa tarde... Só para complementar a matéria, o deputado Professor Israel também manifestou apoio à causa.
ResponderExcluirObrigado pela sugestão.