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Floriano Agora: “um conservador na CLDF”

1- Nos últimos dias, o DF e o País ficaram chocados com dois estupros bárbaros, um no RJ com o médico anestesista e o outro na UnB. O que um deputado distrital pode fazer para combater essas violências?
Floriano Agora: Em princípio, já ratifico o meu posicionamento em relação a esse tipo de crime e asseguro que está alinhado com o do Presidente Bolsonaro. A castração química seria uma das iniciativas. Mas é preciso considerar que existem atribuições bem definidas quanto ao papel de um deputado distrital e, infelizmente, a legislação sobre esse tema de punibilidade não está no âmbito de atribuições de um distrital e sim sob a responsabilidade do Legislativo Federal. Mesmo assim, temos alguns caminhos para intervir e corroborar para que algumas inciativas sejam tomadas. A primeira delas é a construção de uma interlocução positiva com aqueles deputados federais comprometidos com pautas que estejam alinhadas com as nossas, e isso eu asseguro que já temos. Outra medida que certamente estará ao nosso alcance será a de colocar luz sobre esse tipo de crime levando o tema CASTRAÇÃO QUÍMICA para nossos canais de comunicação, a própria TV Câmara Legislativa, além de audiências públicas.
No Brasil, mulheres vítimas de estupro, em muitos casos, não encontram sequer uma alternativa de defesa contra seus algozes, e aí eu me refiro ao direito de defesa. Hoje, nem mesmo o spray de pimenta, como alternativa de defesa, é permitido que uma mulher porte. No meu entendimento, um absurdo. Graças à iniciativa do Governo Bolsonaro, com o apoio de parlamentares comprometidos com a defesa do cidadão, aquelas mulheres que assim desejarem, podem ter a posse em sua casa ou em seu estabelecimento comercial de uma arma para a defesa de sua integridade. Existem caminhos para minimizar esse tipo de crime, e vamos lutar para encontrar soluções.

2-As escolas militares ganharam bastante força nesses últimos anos no DF. Qual seria seu papel como distrital em relação a educação cívico-militar?
Floriano Agora: Ainda em 2016, como assessor de comunicação do Deputado Eduardo Bolsonaro e em companhia do então deputado Jair Bolsonaro, fiz uma visita a uma escola com gestão compartilhada pela Polícia Militar em Manaus-AM. Na ocasião, pudemos ouvir relatos de pais, alunos, professores e da própria comunidade local onde a escola se encontrava e, acredite, houve uma transformação significativa até mesmo no índice de criminalidade no bairro. Aspectos como responsabilidade, civilidade e aumento no desempenho escolar foram observados por pais dos alunos matriculados na instituição. Hoje, lamentavelmente, algumas instituições de ensino encontram grandes dificuldades dentro e fora da sala de aula para administrar a vida do estudante.
No Distrito Federal, por exemplo, várias são as situações de brigas de alunos, tanto no  interior do estabelecimento de ensino como fora dele. Os traficantes enxergam as portas das escolas como uma alternativa não apenas para ofertar drogas, mas também para aliciar crianças e jovens para o serviço do tráfico.
É importante deixar claro que as escolas cívico-militares não buscam substituir profissionais de educação por militares. Ministrar aulas continua fazendo parte da missão do professor. Os militares que estarão dentro das escolas, que passarão a implementar o ensino cívico-militar, exercerão atividades administrativas e de apoio à formação dos jovens. Até abril deste ano, o DF contava com quinze escolas cívico militares e se depender do nosso apoio esse número será ainda maior. Por último, cabe destacar que as escolas sob essa metodologia apresentaram desempenho excelente no Exame Nacional do Ensino Médio ( ENEM ).
Pelas avaliações nacionais, como médias no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e números do IDEB, o argumento é, de fato, verdadeiro. Os colégios militares possuíram uma nota de 6,5 e as escolas estaduais de 4,1 em 2019.
3-O DF ainda tem altos registros de homicídios. O que um deputado distrital pode fazer para que esses números diminuam no DF?
Floriano Agora: A leitura que deve ser feita é a de que não se deve apenas combater as consequências da violência, mas, principalmente identificar o que a gera e o que tenha sido facilitado para a sua prática, ou seja, a nossa preocupação é voltar o nosso olhar para aquelas crianças e jovens que, por não encontrarem um direcionamento moral, além da falta de oportunidades, possam se tornar alvo fácil para práticas criminosas em suas mais variadas facetas. Cuidar dessa geração de crianças e jovens será nosso primeiro passo para assegurar que a violência não permaneça num crescente a cada ano no DF. E isso eu tenho visto nos 37 anos em que moro aqui. Não existe remédio efetivo para evitar que uma pessoa, independentemente de sua classe social, venha a atentar contra a vida de alguém. Portanto, medidas que visem à proteção do cidadão devem ser oferecidas, e o direito à posse de armas é uma delas, como falado anteriormente.
Certamente, fatores que permitam criar condições de investimentos em segurança pública faz-se sempre necessário. Nossa percepção de que a tecnologia pode ser uma grande aliada nesse aspecto é que fará com que tenhamos grande interlocução com startups voltadas para este segmento, além de buscar implementar medidas bem  sucedidas aqui no Brasil e no exterior. Não menos relevante, nosso objetivo é ter, sempre ao lado de nossa legislatura, a participação da sociedade para discutir e apresentar propostas que serão levadas às Casas Legislativas Federais.
4- Muitos negócios fecharam durante a pandemia. Como a CLDF pode ajudar a recuperar os pequenos negócios e a incentivar o comércio?
Floriano Agora: Hoje não apenas o DF, mas todo o Brasil está colhendo os frutos da política de alguns governantes que apoiaram a inciativa do “Fique em casa que a economia a gente vê depois”. Muitos pagaram e ainda pagam um alto preço por essa conduta que, no meu entender, objetivava mais um ganho político do que uma preocupação real com a saúde da população. Esses empreendedores precisam encontrar caminhos para recomeçar e estabilizar o caixa de seus negócios. Toda e qualquer flexibilização deve ser feita para não impactar ainda mais a saúde financeira desses pequenos empreendedores e seus funcionários. Algumas dessas medidas podem ser exemplificadas como um parcelamento mais elástico de tributos como o IPTU, parcelamentos de tarifas de água e luz e redução de percentuais de impostos. É importante considerar a possibilidade de abertura de linhas de crédito em bancos federais e regionais para o reequilíbrio de pequenas empresas que foram fortemente impactadas pelo efeito da restrição de funcionamento de seus negócios.
Por último, é importante destacar que facilitar e normatizar atividades de profissionaisautônomos nas ruas do Distrito Federal, além de reduzir o número de pessoas sem renda familiar, cria a possibilidade de geração de emprego e renda para muitas pessoas que se encontram em situação de desemprego. O papel da Câmara Legislativa é de fundamental importância para que possamos reverter o quadro de desemprego em todo o DF.

5- Quais ações você aplicaria em seu mandato para conter os gastos públicos? O que você pretende fazer a respeito desses gastos como deputado distrital?
Floriano Agora: Tenho publicado em minhas redes sociais algumas iniciativas tomadas por mim durante minha gestão como Secretário Especial de Comunicação do Governo Bolsonaro e, posteriormente, como Gerente Executivo de Comunicação, Marketing e Negócios da Empresa Brasil de Comunicação – EBC. Apenas para ilustrar, na primeira função como secretário de comunicação, ainda no primeiro dia de minha gestão quando do lançamento da marca oficial do Governo Federal, criada por mim, tomei a decisão de fazer o lançamento do filme oficial não pelos meios tradicionais de comunicação, em particular a TV aberta, optando por veicular o filme pelas redes sociais do Presidente da República. Esta ação já economizou mais de R$ 1,4 milhões de reais aos cofres públicosno primeiro dia como secretário de comunicação. Certamente, essa iniciativa desagradou em muito alguns canais de TV acostumados com a destinação vultosa de verbas de publicidade oficial. Ainda na SECOM, estruturei a primeira House Organ, ou seja, uma equipe interna formada por profissionais do mercado de comunicação com o
objetivo de permitir uma maior economicidade na utilização de verbas de propaganda governamental. Essa medida representou, nos primeiros meses, uma economia significativa na produção de filmes e demais peças de comunicação.
Na EBC, diversos projetos e conteúdos foram desenvolvidos e implementados a custo praticamente zero. Cito apenas dois deles: a implementação de uma TV corporativa, em que foram utilizados equipamentos como monitores, cabos etc., que se encontravam esquecidos em depósitos e já sucateados. Tudo foi aproveitado, gerando uma considerável economia em razão de termos eliminado os gastos com papel e tinta para a impressão de informes institucionais da empresa. Tornamos tudo digital. Outra iniciativa, e que obteve destaque na grade da programação da TV BRASIL, foi o programa “Brasil sobre duas rodas”, em que pudemos comprovar que com a participação da sociedade poderíamos gerar conteúdo de qualidade sobre turismo sem precisar fazer grandes investimentos. Não deslocávamos equipes de produção para os locais das
filmagens, tendo em vista que convidávamos os motociclistas para enviarem suas filmagens nos recantos mais distantes do Brasil para a nossa central de recebimento de conteúdo. Em outras palavras, conteúdo de qualidade, que incrementa o setor de turismo em nosso País com baixo custo de produção. Sim, pode acreditar, se houver interesse por parte do agente público, pode-se fazer mais com muito pouco. Em tempo, caso Deus permita, a TV Câmara Legislativa irá cumprir um papel fundamental para a população do Distrito Federal. 

6- Muitas pessoas carentes ainda sofrem com a falta de serviço social. Quais as medidas que podem ser implantadas caso assuma a cadeira de deputado distrital?
Floriano Agora: Costumo afirmar que o principal erro do cidadão brasileiro durante as eleições é apenas se contentar com a “festa da democracia” e o sentimento de que mudará o destino de uma Nação apenas com o ato de votar. Ledo engano. Enquanto a sociedade delegar para um candidato eleito por ele a atribuição de resolver todos os problemas de sua cidade ou de seu país, pouco ou quase nada poderá ser feito. É preciso que o cidadão assuma uma postura mais proativa no sentido de cobrar e coparticipar das ações de transformações sociais. A possibilidade de integrar a sociedade nesse
processo de integração deve partir daqueles que foram eleitos para atender às necessidades e desejos daqueles que lhe confiaram o voto e, portanto, é a sociedade que deve ser ouvida e chamada a participar direta e indiretamente das decisões do legislativo local. Para tanto, a construção dessa nova percepção por parte da sociedade
sobre o seu papel, deve nascer desde cedo, e essa iniciativa de formar uma geração que terá uma preocupação e responsabilidade por àqueles menos favorecidos será, conforme nosso desejo, em implementar o voluntariado nas escolas do DF. É impossível falar em resgate social se não conseguirmos envolver a sociedade, as empresas da inciativa privada e entidades públicas e privadas nesta missão. Será com esse somatório de forças que conseguiremos deixar um legado para aqueles que precisam “aprender a pescar e não apenas receber o peixe”. Cuidar não significa tutelar, mas ajudar a levantarse e caminhar com as próprias pernas para que se possa conquistar autonomia e cidadania. Temos excelentes projetos voltados para o social, os quais tive a grande alegria de conhecer, participar e contribuir como cidadão na busca desse resgate de outros seres humanos. Acredite, podemos fazer muito se estivermos unidos!

7- As forças de segurança pública ganharam um aumento no efetivo importante no Governo Ibaneis, porém ainda aquém do previsto em legislação das organizações. O que um deputado distrital pode fazer para valorizar e melhorar as forças de segurança do DF?
Floriano Agora: Desde 2019, os profissionais das forças de segurança não recebem aumento e isso já é um bom indicativo de que algo precisa ser feito por aqueles que diariamente colocam a própria vida a serviço do cidadão. O aumento do efetivo é fator que deve estar atrelado ao crescimento natural da população do DF para que possamos manter uma relação aceitável de prestação de serviços por parte do GDF. Isso é o que se espera. Criar condições para que esses profissionais possam exercer suas atividades em segurança e encontrar um equilíbrio financeiro para gerir suas vidas é missão daqueles que assumem um compromisso com essa categoria. A Câmara Legislativa deve, sim, proceder diálogo com os deputados federais eleitos por Brasília para que pautas que envolvam essa categoria possam ter ressonância junto ao Executivo local e Federal quando se fizer necessário.
Hoje, dia 20 de julho, escutei uma notícia em uma rádio que me deixou estarrecido. As ambulâncias do Corpo de Bombeiros do DF estão rodando há 7 meses sem um equipamento necessário para socorro de vítimas de ataques cardíacos. Isso é inaceitável. E a razão apresentada é a morosidade num processo licitatório para a compra desse equipamento. Eu pergunto: tem coisa mais prioritária que a vida humana?
E quanto aos bairros destinados às moradias de agentes das Forças de Segurança, fator de grande relevância para que possam voltar para seus lares em segurança, que destino foi dado? Onde está a retaguarda jurídica para que nossos policiais civis e militares não fiquem reféns de seus próprios receios de não poder agir nem mesmo em sua legítima defesa? Não basta investir em equipamentos, é preciso cuidar do capital humano e compreender a importância daqueles que exercem papel fundamental na sociedade.
8- As bandeiras conservadoras geralmente chamam mais atenção em âmbito federal no Congresso. Como um deputado distrital vai lutar pelas bandeiras conservadoras (família, Deus e liberdade) na esfera local?
Floriano Agora: Sou de uma geração que teve a oportunidade de estudar em escolas públicas, onde valores como a moral e o civismo eram matérias aplicadas em sala de aula, em que os mais jovens cediam seus lugares para os mais velhos. Hoje, o que se vê em algumas escolas públicas são professores ensinando danças sensuais para crianças e jovens, e isso não é fruto da imaginação da minha cabeça, basta pesquisar na internet.
Nos dias de hoje, se você entrar num metrô, poderá testemunhar jovens sentados e indiferentes com o olhar centrado na tela de um celular enquanto pessoas de idade permanecem em pé. Não é difícil encontrar essa cena, pode acreditar. Portanto, ao citar apenas esses dois casos, fica clara a necessidade de reconstruirmos alguns valores
perdidos por essa geração, e esse resgate passa pela escola e chega até a família. Como já dito aqui anteriormente, existem caminhos: introdução do voluntariado no contra turno das escolas e apoio à implementação de escolas cívico-militares são algumas dessas alternativas. Duas ações que ajudam a reposicionar crianças e jovens na estrutura social e a fazê-los enxergarem-se como principais responsáveis para as mudanças estruturais do nosso País. A base dos valores conservadores nasce na educação e cria ramificações positivas na construção de um adulto comprometido com os valores de amor à Pátria, respeito pela família e uma compreensão do maior 
ensinamento de Deus: “Amai-vos uns aos outros”, o que fundamenta ainda mais a importância de envolver nossos jovens em ações de voluntariado. Dessa forma, despertaremos essa geração para que olhem para além do seu próprio “umbigo”.
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